Tião Viana (PT) foi reeleito governador do Acre neste domingo (26).
Com 100% das seções apuradas, Viana recebeu 51,3% dos votos válidos (196.509), ante 48,7% (186.658) dados ao deputado federal Márcio Bittar (PSDB). Votos em branco somaram 0,64% e nulos, 2,15%. As abstenções alcançaram 22,2%.
A vitória de Viana pode garantir 20 anos seguidos de governo do PT no Estado, caso ele cumpra o próximo mandato até 2018. Antes dele governaram Binho Marques e Jorge Viana, atual senador e irmão de Tião.
Para seu novo mandato, Viana prometeu criar 250 leitos hospitalares, construir mais casas populares no interior, concluir obras em rodovias e fomentar a economia, com medidas como atração de empresas ao Estado.
Após optarem pelos temas locais no primeiro turno, Viana e Bittar aproveitaram a segunda etapa para expor Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) como cabos eleitorais.
No último debate na TV, na quinta-feira (23), o petista chegou a dizer que 90% do que fez no Acre foi graças ao apoio da presidente.
O governador também acentuou o uso do vermelho, associado ao PT, e apostou na imagem do ex-presidente Lula.
Bittar enfatizou a "onda azul da mudança" e trouxe líderes tucanos para sua propaganda, como Aécio, Fernando Henrique Cardoso e Geraldo Alckmin.
O tucano citou diversas vezes Aécio como seu amigo e disse que faria, com Aécio, obras que não saíram do papel na atual gestão, como uma ponte sobre o rio Madeira.
Os dois candidatos percorreram todo o Estado, com carreatas ou "misturatas" –como Viana chamou a reunião de carros, motos e bicicletas em marchas de apoio. Para atrair nichos eleitorais, exibiram depoimentos de líderes religiosos que apoiavam suas candidaturas.
A campanha de Viana criticou a "propaganda do ódio" do rival, e o deputado tucano mimetizou comerciais de Aécio para neutralizar boatos de que o PSDB acriano acabaria com o Bolsa Família e outros programas sociais federais.