Folha de S. Paulo


Ricardo Coutinho (PSB) é reeleito governador da Paraíba

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), foi reeleito para mais quatro anos de mandato, superando o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) no segundo turno.

Com 100% das seções apuradas, Coutinho conquistou 52,6% dos votos (1.125.956), ante 47,4% de Cássio (1.014.393). Votos em branco foram 1,85%; nulos, 6,08%, e abstenções, 18%.

O resultado inverteu o do primeiro turno, quando o tucano saiu vencedor conquistando 47,44% dos votos válidos (965.397), ante 46,05% de Coutinho (937.009) A abstenção ficara em 17,65%.

O pessebista foi eleito numa aliança de 13 partidos, unindo na mesma chapa o DEM e o PT, partido do qual estava politicamente afastado desde 2010.

A recomposição de forças foi fundamental para o governador viabilizar politicamente sua candidatura, obtendo 5min51s de tempo de televisão no primeiro turno. Até setembro, o governador havia arrecadado R$ 6,2 milhões para a campanha.

Na campanha, Coutinho prometeu construir novos hospitais no interior do Estado, contratar mais policiais, criar central de comando e controle para as polícias e universalizar a implantação de escolas em tempo integral no Estado.

Por outro lado, foi fortemente atacado pela redução do número de leitos do Estado e por problemas de segurança hídrica que atingem cidades do interior.

Nacionalmente, a reeleição de Coutinho representa uma vitória para o PSB, que também governará Pernambuco e o Distrito Federal a partir do próximo ano.

O resultado significa também um revés para os tucanos, que saem das eleições deste ano sem comandar nenhum Estado nordestino –situação inédita desde a redemocratização do país.

EX-ALIADOS

Cássio e Coutinho eram aliados até o início deste ano, quando o PSDB entregou os cargos no governo estadual para lançar candidatura própria. Com o rompimento, Cássio e Coutinho tiveram de buscar novas alianças.

O tucano compôs com partidos da base de sustentação de Dilma, como PP, PSD e PRB. Formou uma aliança de 15 partidos e arrecadou R$ 4,5 milhões para a campanha até setembro.

Já Coutinho, além de ter retomado a aliança com o PT, conquistou no segundo turno o apoio do PMDB.

Com isso, passou a ter como cabos eleitorais o senador Vital do Rêgo, derrotado para o governo, e do senador eleito José Maranhão. Ambos fizeram oposição ao governo do PSB nos últimos quatro anos.

Coutinho firmou ainda uma aliança com a presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, indo de encontro à posição adotada pelo PSB, de apoio ao tucano Aécio Neves. Ele considerou o apoio um "equívoco".


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