Folha de S. Paulo


'Meu pai está bem', diz filha do doleiro Alberto Youssef, internado no PR

Filha do doleiro Alberto Youssef, a psicóloga Kemelly Caroline Fujiwara Youssef desmentiu boatos surgidos nas redes sociais e afirmou no começo da tarde deste domingo (26) que seu pai está vivo.

"Está tudo certo. É mentira [que Youssef esteja morto]. Ele está bem, não morreu", disse a psicóloga, que mora em Londrina.

Acusado de participar de um esquema de corrupção que teria desviado até R$ 10 bilhões da Petrobras, Youssef tem sido um dos nomes mais citados destas eleições. Na última semana, o doleiro disse em depoimento à Polícia Federal que Lula e Dilma tinham conhecimento do esquema de propina na Petrobras após a eclosão da crise do mensalão, em 2005.

Reprodução/Revista Época
O doleiro Alberto Youssef no hospital Santa Cruz, em foto divulgada primeiro no site da 'Época'
O doleiro Alberto Youssef no hospital Santa Cruz, em foto divulgada primeiro no site da 'Época'

A reportagem perguntou à filha do doleiro se ela chegou a conversar com o pai nesta manhã. Ela se limitou a reafirmar o que havia dito e pediu o "fim das especulações". "Eu não queria dar muita informação para vocês [da imprensa]. Quero dizer que ele está bem, para parar este monte de especulação", disse ela para, em seguida, desligar o telefone.

A Folha entrou em contato com outros parentes de Youssef em Londrina, mas ninguém mais quis falar com a reportagem.

ANGINA

A Prefeitura de Curitiba informou em nota que a central do Samu fez o atendimento de Youssef entre as 14h03 e as 16h45 deste sábado (25).

Segundo boletim divulgado no sábado, o doleiro deu entrada no hospital relatando dores no peito, mas tinha sinais vitais estáveis. A suspeita dos médicos é que Youssef esteja sofrendo de "angina instável", condição grave na qual o coração não é irrigado corretamente e que pode levar a um infarto.

Neste domingo (26), a Polícia Federal soltou uma nota desmentindo boatos surgidos nas redes sociais de que Youssef teria sido envenenado. Segundo a PF, ele foi internado por conta de uma queda de pressão arterial causada pelo uso de medicação para doença cardíaca, e esta foi a terceira vez que ele recebeu atendimento médico na prisão.


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