Folha de S. Paulo


País está dividido, mas volta a se unir após eleição, diz Temer

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) reconheceu neste domingo (26) que o Brasil está dividido entre os apoiadores da presidente Dilma Rousseff (PT) e os do candidato da oposição Aécio Neves (PSDB).

"Mas a divisão só vai até hoje [domingo]. Depois, o país volta a se unir novamente. Faz parte da democracia. Vamos construir pontes de diálogo e uma cordialidade muito grande após a eleição", disse.

Temer, que concorre à reeleição junto com a presidente Dilma, não quis fazer prognósticos em torno dos resultados das pesquisas. "Não adianta ter expectativa hoje; só esperança. Vamos aguardar até a apuração, no início da noite", disse.

O vice-presidente disse não acreditar que no impacto da reportagem da revista "Veja" no eleitorado. De acordo com a reportagem, o doleiro Alberto Youssef, preso desde março em Curitiba (PR), disse em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal que a presidente Dilma e o ex-presidente Lula tinham conhecimento do esquema de desvio de dinheiro na Petrobras.

"O leitor da ´Veja´ não é o eleitor de Dilma. Não acho que influenciou", disse.

Temer falou ainda que espera unir o PMDB em um possível segundo mandato da presidente Dilma. "As divergências de opiniões são compreensíveis, mas não podemos manter essa desunião no PMDB. Isso não favorece o partido. Temos um projeto para 2018", afirmou.

O vice-presidente votou pouco depois das 8h na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo. Ele segue agora para Brasília, onde vai acompanhar a apuração das urnas junto com integrantes do seu partido.


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