Folha de S. Paulo


No RS, Sartori mantém 20 pontos de vantagem sobre Tarso, diz Datafolha

Candidato de oposição no Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB) deverá ser eleito governador neste domingo (26), aponta pesquisa Datafolha realizada em parceria com o grupo RBS.

O levantamento, feito sexta (24) e sábado (25), mostra o peemedebista com 60% dos votos válidos, ante 40% do governador Tarso Genro (PT), que tenta a reeleição.

No cenários com os votos válidos são excluídos brancos, nulos e os indecisos.

Em relação às duas pesquisas anteriores do Datafolha (uma no dia 15 e a outra nos dias 22 e 23), as preferências do eleitorado gaúcho permaneceram semelhantes.

Editoria de Arte/Folhapress

Considerando os votos totais, Sartori tem 54%, e Tarso, 36%. Brancos e nulos são 4%, e os indecisos, 6%.

A margem de erro da pesquisa, que ouviu 3.031 eleitores em 60 cidades, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Tarso lidera na rejeição: 44% dizem que não votariam no petista de jeito nenhum, contra 26% no caso de Sartori.

O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral com os números RS-00036/2014 e BR-01210/2014.

TABU

Uma eventual vitória de Sartori consolidaria uma tradição no Rio Grande do Sul: é o único Estado do país que não reconduziu um governante ao cargo desde a instituição da reeleição, em 1998.

Ex-prefeito de Caxias do Sul e na política há quase 40 anos, Sartori buscou se apresentar na campanha como novidade. O candidato foi deputado federal e presidiu a Assembleia gaúcha, onde teve cinco mandatos seguidos.

Tarso, ex-presidente do PT e um dos principais ministros nas gestões Lula, tenta reconquistar o eleitorado que lhe deu uma inédita vitória no primeiro turno em 2010.

Para isso, colou sua imagem à da presidente Dilma Rousseff, que fez carreira política no Estado, e buscou mostrar que a economia gaúcha avançou, mesmo com a dificuldade nas finanças.

A estratégia, contudo, não emplacou entre o eleitorado do interior, cuja tradição antipetista ajudou a garantir a dianteira de Sartori. Em Porto Alegre, onde Tarso tem sua base eleitoral, a disputa se manteve mais equilibrada.

O PT não conseguiu ampliar sua aliança no segundo turno, enquanto Sartori angariou o apoio de 19 partidos, incluindo o PP, da terceira colocada Ana Amélia Lemos.


Endereço da página:

Links no texto: