Aécio Neves (PSDB) decidiu encerrar sua campanha à Presidência, neste sábado (25), no local em que começou sua trajetória política: São João Del Rey (MG). Num balanço da "caminhada" eleitoral, disse que "chega vivo" à reta final e que confia numa vitória nas urnas no domingo.
O tucano falou com a imprensa minutos antes de visitar o túmulo do avô, Tancredo Neves, na cidade. Ele concedeu entrevista na casa em que Tancredo morou na cidade. Chegou ao local com a mulher, a mãe e os bebês Julia e Bernardo.
Ele voltou a dizer que foi alvo de uma "campanha sórdida " promovida pelos adversários e citou especificamente a mudança de comportamento do ex-presidente Lula, com quem manteve por anos uma boa relação.
"Isso é desespero", disse sobre os ataques de Lula. " Quando eles viram que havia pela primeira vez em 12 anos a possibilidade concreta de perder, se desesperaram". Durante o primeiro turno, Lula disse que Aécio era seu "amigo". No segundo, chamou o tucano de " filhinho de papai" e o acusou de ser "agressivo com mulheres".
"O que eu chego é vivo", disse Aécio. "O ex-presidente Lula se apequena. Pressuposto fundamental da democracia é o respeito aos adversários. Mas quero terminar esse dia leve", concluiu.
EDUARDO CAMPOS
Aécio disse que, para ele, o pior momento da campanha foi a morte do ex-governador Eduardo Campos, em agosto, no primeiro turno da disputa.
"Era óbvio que eu iria transferir para mim a imagem daquela tragédia. Demorei a me recuperar e tive que ser muito firme para conseguir demonstrar a mesma disposição", relatou.
Ele disse considerar hoje a ex-ministra Marina Silva (PSB), que substituiu Campos na disputa, como uma "amiga" e, em nome dela e de Renata Campos, viúva de Eduardo, agradeceu todo o apoio que recebeu no segundo turno.
"Marina dá esperança ao país e fortalece a boa política", disse. Por fim, disse que as manifestações que estão acontecendo em diversos Estados serão " avassaladoras" e disse confiar na vitória. Apesar disso, avaliou que, independente do resultado, já se sente vencedor.