Folha de S. Paulo


'Debate sobre corrupção não produz mais efeito', diz Jaques Wagner

Conselheiro da campanha de Dilma Rousseff, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), afirmou nesta sexta-feira (24) que a discussão sobre corrupção se mostrou pouco eficaz neste momento da campanha presidencial, sem exercer influência na decisão de voto dos eleitores indecisos.

"O debate com troca de acusações ou sobre corrupção não produz mais efeito", disse Wagner, que se juntou à equipe que assessora a presidente para o último confronto com o tucano Aécio Neves, antes da eleição.

A edição da revista "Veja" deste fim de semana informou que o doleiro Alberto Yousseff, preso desde março em Curitiba (PR), disse em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula tinham conhecimento do esquema de desvio de dinheiro na Petrobras.

Wagner classificou o conteúdo da reportagem da Veja como uma "denúncia inconsistente" que se assemelha à "propaganda de campanha política".

CONCENTRAÇÃO PARA DEBATE

A menos de doze horas para o início do debate da TV Globo, a candidata do PT permanece nesta manhã no hotel na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, onde está hospedada desde quarta-feira (22).

Em seu treinamento para o debate, de acordo com o tema a ser tratado, Dilma conta com o reforço de alguns integrantes de seu governo. Nesta quinta-feira (23), por exemplo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se juntou ao grupo que assessora Dilma, assim como José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça.

Hospedados no mesmo hotel em que a presidente estão coordenadores de sua campanha como o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Miguel Rossetto (recém-exonerado da pasta de Desenvolvimento Agrário), além do marqueteiro João Santana.

A equipe em torno da presidente inclui ainda o cabeleireiro Celso Kamura, que costuma preparar o cabelo e a maquiagem de Dilma antes de qualquer agenda (mesmo uma entrevista coletiva dentro do hotel). Este preparativo, segundo o profissional, leva em torno de 30 minutos.

"Tem de ser rápido porque ela não tem tempo a perder e também não tem muita paciência para isso", disse Kamura.

Antes de iniciar a entrevista coletiva na tarde desta quinta (23), a presidente comentou que aproveitou a estadia no hotel para recuperar sua voz, afetada por uma rouquidão devido à sequência de discursos de campanha. A presidente tem feito gargarejos com água, sal e limão.


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