Folha de S. Paulo


Piti na periferia sacramentou saída de Marta do Ministério da Cultura

Suplente da ministra Marta Suplicy, o vereador Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP) já prepara seu retorno à Câmara de São Paulo. Correligionários e tucanos articulam sua candidatura à presidência da Casa, para tirar o PT da cadeira.

Rodrigues ocupa hoje a vaga de Marta no Senado. Marta, no entanto, deixará o Ministério da Cultura após as eleições, voltando para o parlamento.

Contra a ministra, pesa um jantar que ofereceu a partidários do lançamento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. Marta foi porta-voz do "volta Lula".

Ainda segundo integrantes da cúpula do PT, Marta exonerou os petistas do Ministério para dar lugar ao PC do B. Um incidente, porém, foi decisivo para selar o destino da ministra.

Durante uma carreata na zona sul de São Paulo, Marta se irritou ao saber que seu suplente era quem ocuparia o caminhão reservado à presidente Dilma Rousseff. Para Marta, estava destinado uma vaga no segundo carro alegórico.

O incidente ocorreu em setembro, em Santo Amaro, reduto de Antônio Carlos. Marta subiu no carro de Dilma mesmo assim. Antes bateu boca com o presidente do PT, Rui Falcão, dizendo que ela é quem tem voto na região. Não o presidente do partido.

Falcão –que já foi fervoroso aliado de Marta– levou o caso ao conselho da campanha de Dilma. Disse que a situação era insuportável.

Os petistas se queixam ainda da tímida participação de Marta na campanha e afirmam que uma atuação mais apaixonada poderia ajudar Dilma em São Paulo, Estado em que perde para Aécio Neves (PSDB).

Pedro Ladeira/Folhapress
Dilma Rousseff, Michel Temer, Marta Suplicy (Cultura) e Aloizio Mercadante durante cerimônia de lançamento do programa Brasil de Todas as Telas
Dilma, Temer, Marta Suplicy e Mercadante no lançamento do programa Brasil de Todas as Telas

Endereço da página: