Candidato da situação no Ceará, Camilo Santana (PT) assumiu a dianteira na disputa pelo governo do Estado e seria eleito se a votação fosse hoje, aponta o Datafolha.
Pesquisa do instituto em parceria com o jornal "O Povo", mostra o petista com 57% das intenções de voto, ante 43% do senador Eunício Oliveira (PMDB).
Em relação ao levantamento do Datafolha do último dia 15, quando havia empate técnico entre os candidatos, Camilo subiu quatro pontos, e Eunício caiu quatro pontos.
Divulgação - 03.out.14 | ||
Ao volante, Cid Gomes (Pros) participa da campanha de Camilo Santana (PT), candidato ao governo do Ceará |
Os números se referem ao critério de votos válidos, que exclui nulos, brancos e indecisos e é usado pela Justiça Eleitoral na divulgação dos resultados oficiais da eleição.
Editoria de arte/Folhapress |
Considerando os votos totais, Camilo tem 49% (tinha 45%), e Eunício, 38% (tinha 40%). Brancos e nulos são 5% e indecisos, 8%.
A margem de erro do levantamento, que ouviu 1.240 eleitores nesta quarta (22), é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Em uma semana, o candidato do governador Cid Gomes (Pros) também conseguiu reduzir sua taxa de rejeição, de 37% para 33%.
Já o percentual de eleitores que não votaria em Eunício de jeito nenhum avançou: 35% para 38%.
No primeiro turno, Camilo superou Eunício por apenas um ponto: 47,8% a 46,4%.
CAMPANHA
Em disputa que opõe duas siglas da base do governo Dilma Rousseff (PT), os candidatos apostaram no segundo turno na associação à imagem da presidente e do ex-presidente Lula.
Como o PT nacional acertou com Eunício a neutralidade de Dilma e Lula no pleito, os candidatos se valeram de gravações e fotos antigas dos dois na publicidade.
Ex-secretário da gestão Cid, Camilo conta com o engajamento do grupo político que governa o Ceará há oito anos, encabeçado pelos irmãos Cid e Ciro Gomes (Pros).
O governador, inclusive, pediu outra licença do cargo nesta terça (21) para se dedicar à campanha –já havia se afastado no primeiro turno.
Eunício tem o apoio do PSDB do ex-governador Tasso Jereissati (PSDB), eleito senador no último dia 5.
A campanha no segundo turno no Estado viu a Polícia Militar assumir papel de destaque nas discussões.
Cid diz que há "milícias" em ação dentro da PM para prejudicar Camilo, e policiais se dizem alvo de retaliações por apoiarem Eunício e o deputado estadual eleito Capitão Wagner (PR), recordista de
votos no Estado e desafeto do governador.
ALIANÇAS
No segundo turno, Eunício conseguiu o apoio do PSB, que teve 3% dos votos para o governo no primeiro turno. Camilo, que encabeça a maior coligação, com 18 partidos, atraiu PSC e Rede, movimento político da ex-candidata ao Planalto Marina Silva (PSB).
A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com os números CE-00034/2014 e BR-01162/2014.