Folha de S. Paulo


Ato de apoio a Aécio com FHC e Ronaldo reúne cerca de 10 mil em SP

Em evento de apoio ao candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) que reuniu, segundo a Polícia Militar, cerca de 10 mil pessoas nesta quarta-feira (22), na zona oeste de São Paulo, predominaram declarações e gritos de guerra antipetistas.

Na concentração no Largo do Batata, antes de sair em passeata pela avenida Faria Lima, o público ouviu discursos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do senador eleito José Serra, do ex-jogador Ronaldo Nazário e de outros aliados do tucano.

"O Brasil não aguenta mais inflação com corrupção e incompetência", discursou FHC.

"Nós temos a obrigação de levar Aécio Neves à Presidência da República para que ele realmente reponha o Brasil no caminho correto, no caminho do crescimento econômico com distribuição de renda, com manutenção das políticas sociais –que nós implantamos. No caminho da manutenção do aumento do salário mínimo, que no meu tempo foi o dobro do tempo da Dilma Rousseff", acrescentou.

Nacho Doce/Reuters
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso durante ato de apoio a Aécio, na zona oeste de São Paulo
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso durante ato de apoio a Aécio, na zona oeste de São Paulo

A origem de programas de distribuição de renda foi fruto de discussão entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e Aécio nos debates televisivos. A petista diz que o alcance dos programas no governo tucano não é suficiente para considerá-los como embriões do Bolsa Família.

Ronaldo engrossou o coro. Disse que o país está "cansado de tanta corrupção" e pediu "mudança".

Aliado de Aécio, o deputado federal Paulinho da Força (SDD) disse que o tucano "vai ganhar a eleição no próximo domingo" e, em referência a Dilma, "pôr a chefe da quadrilha lá na Papuda", complexo penitenciário federal onde foram presos parte dos condenados no mensalão.

A passeata foi organizada nas redes sociais e divulgada com ajuda de artistas e aliados de Aécio. Coordenadores dizem que o ato não foi promovido por partidos. "O PSDB e o Solidariedade deram só uma ajuda ou outra, com material [de campanha] e divulgação", afirmou o economista Humberto Laudares, 34.

A marcha seguiu com gritos de "fora PT", "nossa bandeira jamais será vermelha" e ao som do jingle do candidato e do hino nacional interpretados pela cantora Wanessa Camargo.


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