Folha de S. Paulo


No rádio, Dilma explora crise da água em SP e Aécio, seca no Nordeste

As campanhas dos presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) usaram problemas hídricos no programa de rádio desta quarta-feira (22) para criticar a gestão da área em redutos eleitorais do adversário.

Os petistas voltaram a citar a crise da água no sistema Cantareira, em São Paulo. Já Aécio explorou os sucessivos atrasos na conclusão das obras da transposição do rio São Francisco, direcionada a famílias do semiárido nordestino.

Ambos os ataques não foram feitos diretamente pelos candidatos, mas pelos narradores das peças. A propaganda tucana usa depoimentos de agricultores pernambucanos que afirmam "não acreditar" que a transposição saia, apesar das promessas.

É veiculada uma fala da presidente no debate da Record em que ela diz que as obras estão "a todo vapor". Um locutor rebate: "Aí não pode. Todo mundo sabe que as obras se arrastam há sete anos e até agora o povo do Nordeste não viu uma gota d'água".

Em seguida, a propaganda de Dilma abre com um narrador dizendo que "este não é o assunto do programa", mas que está preocupado com "o que os amigos que moram em São Paulo andam sofrendo".

"Esse problema de falta d'água é um absurdo, rapaz. O PSDB, que governa o Estado há mais de 20 anos, até já sabia que podia acontecer isso e não fez nada para evitar", acrescentou.

Eles usam as expressões "trocar o certo pelo duvidoso" e "salto no escuro" –as mesmas usadas contra a terceira colocada no primeiro turno, Marina Silva (PSB)– para se referir a Aécio.

Em São Paulo, o tucano teve 44,2% contra 25,82% de Dilma na votação do primeiro turno. A petista ganhou em todos os Estados do Nordeste, exceto Pernambuco, onde Marina foi a mais votada.


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