Tropas federais vão reforçar a segurança no Ceará no segundo turno das eleições, em 26 de outubro. A decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) foi divulgada neste domingo (19).
O ministro do tribunal João Otávio de Noronha autorizou que cinco municípios cearenses —Caucaia, Maranguape, Maracanaú, Pacatuba e a capital, Fortaleza— sejam patrulhados pela Força Nacional. Eles se juntarão ao comando da Polícia Militar para fazer a segurança nessas cidades.
O pedido de reforço da segurança nas eleições partiu do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) após denúncias feitas pelo governador Cid Gomes (Pros) de que "uma milícia dentro da polícia" estaria atuando para "fins politiqueiros".
No primeiro turno, a polícia realizou 48 procedimentos de crimes eleitorais contra a chapa do candidato ao governo Camilo Santana (PT), apoiado por Cid –entre elas a detenção de dois vereadores da base aliada por suposta compra de votos. Por sua vez, a campanha do adversário Eunício Oliveira (PMDB) registrou 11 casos de detenção por crimes eleitorais.
Cid enfrenta desgaste com os policiais desde uma greve em 2011, que parou a categoria por seis dias na virada do ano.
Nas eleições deste ano, o então vereador de Fortaleza Capitão Wagner Sousa (PR), desafeto do governador após liderar a greve, foi o deputado estadual mais votado da história do Estado, com mais de 190 mil votos.
Em nota oficial, Cid disse que a ação da Força Nacional vem para "garantir, com atuação conjunta e harmoniosa, a necessária e imprescindível isenção do pleito".