Folha de S. Paulo


Aécio vai processar Dilma por injúria e difamação após anúncio de TV

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, decidiu neste sábado (18) processar a presidente Dilma Rousseff por injúria e difamação, após a veiculação pelo PT de um anúncio de televisão em que os petistas sugerem que ele desrespeita as mulheres.

"Aécio tem mostrado dificuldades em respeitar as mulheres", afirma a peça de 30 segundos, que exibe cenas de um debate do primeiro turno das eleições, em que Aécio chamou a adversária Luciana Genro (PSOL) de "leviana" com o dedo em riste, e de outro em que ele usou o mesmo termo ao se dirigir a Dilma.

A campanha tucana anunciou também que entraria neste sábado com ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para tentar tirar do ar o anúncio da campanha do PT.

Dos 24 anúncios produzidos pelos petistas para o segundo turno, 20 contêm ataques contra Aécio. Os anúncios são veiculados nos intervalos comerciais da programação, fora do horário reservado aos programas eleitorais no início da tarde e à noite.

Dos 18 anúncios produzidos pela campanha tucana para o segundo turno, 8 contém ataques à presidente.

Na noite de sexta-feira (17), o TSE proibiu a campanha petista de exibir na televisão propaganda que critica Aécio pela construção de um aeroporto numa área desapropriada na fazenda do tio-avô do candidato. O caso da pista na cidade de Cláudio (MG) foi revelado pela Folha em julho.

'CRÍTICAS DESTRUTIVAS'

Na decisão, de caráter provisório, o ministro Tarcisio Vieira de Carvalho Neto disse que os anúncios deveriam ser "propositivos", e não usados para "críticas destrutivas da imagem do adversário".

A suspensão da propaganda petista foi a primeira desde que a maioria dos ministros do TSE decidiu agir com mais rigor contra ataques pessoais no segundo turno.

A nova postura do tribunal foi decidida na quinta (16). Naquele dia, por quatro votos a três, os ministros determinaram que fosse tirada do ar uma propaganda da presidente Dilma em que Aécio era acusado de perseguir jornalistas que o criticavam quando governava Minas Gerais.

Na ocasião, os ministros do TSE afirmaram que o horário eleitoral gratuito deve ser usado para a discussão de propostas. Em sua decisão, o ministro Tarcisio Vieira escreveu que os ataques pessoais "prestam desserviço ao debate eleitoral e, em maior escala, à própria democracia".

VEJA O VÍDEO VEICULADO PELO PT:

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