Folha de S. Paulo


Flagrado com R$ 102 mil, colaborador de Bruno Covas pede demissão da Cetesb

Flagrado durante a campanha eleitoral carregando R$ 102 mil, o suplente de vereador em São José do Rio Preto (SP) Mário Welber pediu demissão nesta quarta-feira (16) de cargo que ocupava na Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

O colaborador do deputado estadual Bruno Covas (PSDB-SP), que foi eleito deputado federal neste ano, foi interceptado no final de setembro pela Polícia Federal em posse do dinheiro, de um envelope com dezesseis cheques e de um cartão da campanha eleitoral do neto do ex-governador de São Paulo Mário Covas.

O suplente alegou motivos particulares no pedido de demissão, que deve ser publicado na edição deste sábado (18) do Diário Oficial de São Paulo. Ele exercia desde janeiro de 2013 o cargo de Assessor Técnico I, com remuneração de R$ 9.546, em São José do Rio Preto (SP).

Bruno Poletti/Folhapress
O deputado federal eleito Bruno Covas (PSDB)
O deputado federal eleito Bruno Covas (PSDB)

No final de julho, pediu afastamento não remunerado do cargo, para atuar na campanha eleitoral. Ele retornou ao posto na última segunda-feira (13), mas pediu demissão três dias depois.

A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a origem de dinheiro flagrado pelo aparelho de raio X do aeroporto de Congonhas.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa de Bruno Covas afirmou que o deputado estadual "não tem qualquer envolvimento com dinheiro algum apreendido".

Segundo ela, os cheques apreendidos são assinados pelo contador da candidatura do tucano e endereçados ao coordenador político de sua campanha eleitoral na região de São José do Rio Preto (SP), Ulysses Terceiro.

"Os cheques se destinavam a pagamentos de prestadores de serviço da região de São José do Rio Preto, estavam contabilizados e dentro da prestação de contas da campanha eleitoral", disse.


Endereço da página:

Links no texto: