Folha de S. Paulo


Economistas e professores assinam manifesto contra PT

Um grupo de 164 economistas da academia, professores universitários que dão aulas no Brasil e no exterior, divulgaram na tarde desta terça-feira (14) um manifesto com críticas ao discurso econômico da campanha do PT.

O principal alvo é o argumento de que o Brasil cresce pouco devido à crise internacional. O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) vem culpando a turbulência externa pelo baixo crescimento da economia, que deve ficar perto de 0,2% neste ano.

No manifesto, os signatários afirmam que "não há crise internacional generalizada": "Entre as 38 economias com estatísticas de crescimento do PIB disponíveis no sítio da OCDE, apenas Brasil, Argentina, Islândia e Itália encontram-se em recessão".

O professor da PUC-Rio Eduardo Zilberman, um dos criadores do manifesto, diz que as assinaturas começaram a ser reunidas na sexta-feira. "A ideia surgiu do desconforto dos economistas com o discurso falacioso de uma suposta crise internacional".

Embora originário de uma universidade de linha liberal, mais identificada ao discurso do tucano Aécio Neves (PSDB), Zilberman afirma que, entre os signatários, há integrantes de escolas de outras orientações.

"Cinco professores da Unicamp, berço da heterodoxia no Brasil, assinaram o manifesto", disse.

Na lista, há professores de 75 instituições públicas do Brasil, como USP, Federal do Ceará e Universidade de Brasília, 49 privadas, como PUC-Rio e Insper, e 40 estrangeiras, como London School of Economics.

Economistas que contribuíram para as campanhas de Aécio e de Marina Silva (PSB), como Marco Bonomo, do Insper, e Tiago Cavalcanti, de Cambridge, também assinam a lista.


Endereço da página: