Folha de S. Paulo


PT pede investigação sobre dinheiro apreendido com colaborador tucano

A bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo pediu ao Conselho de Ética da Casa, nesta quarta-feira (8), apuração sobre a origem de R$ 102 mil em espécie apreendidos em posse de um colaborador de campanha do deputado Bruno Covas (PSDB).

Protocolado pelo deputado João Paulo Rillo, o ofício levanta suspeita de que o dinheiro tenha sido usado para caixa 2 eleitoral.

O pedido de investigação foi feito após a Polícia Federal abrir inquérito contra Mário Welber, radialista e suplente de vereador em São José do Rio Preto (SP), interceptado último dia 27, no aeroporto de Congonhas, levando dinheiro e um envelope com 16 cheques e um cartão da campanha do neto do ex-governador Mário Covas –eleito deputado federal no último domingo.

Welber tem até esta sexta-feira (10) para explicar de onde vem o dinheiro. Ele não foi preso, mas os valores e itens foram apreendidos.

Até a publicação desta reportagem, a PF não confirmou se Welber apresentou esclarecimentos. Na tarde desta quarta (8), a defesa do radialista não havia se manifestado ao órgão.

No entanto, segundo a assessoria de Bruno Covas, o advogado do radialista, Evandro Capano, protocolou comprovantes ainda na tarde da quarta e solicitou pedido de restituição dos valores e itens.

Procurado pela Folha, Capano não atendeu aos telefonemas ou respondeu mensagens de celular e e-mail para confirmar a afirmação.

A assessoria do parlamentar ainda diz que Covas "não tem qualquer envolvimento com dinheiro algum apreendido".

Em nota, afirma que os cheques apreendidos são assinados pelo contador da candidatura do tucano e endereçados ao coordenador político de sua campanha eleitoral na região, Ulysses Terceiro: "Os cheques se destinavam a pagamentos de prestadores de serviço da região de São José do Rio Preto, estavam contabilizados e dentro da prestação de contas da campanha eleitoral".


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