Folha de S. Paulo


Após apoiar Aécio, PSB muda direção e desafeto de Marina deve assumir sigla

Após a derrota de Marina Silva e a decisão de apoiar Aécio Neves (PSDB) no segundo turno, o PSB vai promover uma reviravolta no seu comando. Alinhado ao PT e contrário ao apoio ao tucano, o ex-ministro Roberto Amaral deixará a Presidência da sigla.

Para seu lugar, o mais cotado é o hoje primeiro-secretário Carlos Siqueira, que se notabilizou ao deixar o comando da campanha de Marina sob fortes críticas à candidata, que, segundo ele, não representava "nem de longe" o legado do partido.

Amaral assumiu a presidência do PSB em agosto após a morte de Eduardo Campos, líder inconteste da legenda e então candidato à Presidência da República.

Desde então, vinha tentando reunir apoio para ser mantido no cargo, mas acabou derrotado internamente na definição dos rumos que o PSB deveria tomar no segundo turno. Ex-ministro da Ciência e Tecnologia do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ele defendia a neutralidade da sigla.

Pedro Ladeira -21.ago.2014/Folhapress
Carlos Siqueira deve assumir Presidência do PSB
Carlos Siqueira deve assumir Presidência do PSB

Já Carlos Siqueira apoiou a adesão a Aécio e conta com o apoio do vice-governador eleito de São Paulo, Márcio França. A eleição para o novo comando do PSB será realizada na segunda-feira (13).

A articulação para tirar o comando do partido das mãos de amaral foi antecipada pela coluna "Painel", da Folha. Na nova configuração, ganha poder também o grupo pernambucano ligado a Campos e à viúva do ex-governador, Renata Campos.

O governador eleito do Estado, Paulo Câmara, deve ser o primeiro-vice-presidente da sigla. Vice de Marina, o deputado Beto Albuquerque (RS) será o segundo-vice-presidente.

No lugar de Siqueira, assume o prefeito do Recife, Geraldo Júlio. Tanto Câmara quanto Geraldo Júlio conseguiram se eleger para seus cargos públicos após a indicação de Campos.


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