Folha de S. Paulo


Senador Pedro Taques (PDT) é eleito governador de Mato Grosso

O senador Pedro Taques (PDT) foi eleito governador de Mato Grosso neste domingo (5).

Com 100% das urnas apuradas, o pedetista obteve 57% dos votos, ante 32% de Lúdio Cabral (PT).

Janete Riva (PSD) obteve 10% dos votos e ficou na terceira colocação.

"Essa votação expressiva significa que o cidadão entendeu as nossas propostas de mudança e de honestidade e de transformação", disse Taques na noite deste domingo, em Cuiabá.

Ele vai aguardar o final da apuração dos votos no Estado para se dirigir ao centro de apuração, na capital do Estado.

Desde 1990, a corrida eleitoral rumo ao Palácio Paiaguás, sede do Executivo local, é decidida no primeiro turno.

Taques, 46, assumirá pela primeira vez o governo do Estado, maior produtor de commodities do país.

Cuiabano, Taques se formou em direito e fez carreira no serviço público como procurador da República, função que exerceu por 15 anos.

Em 2010, pediu a exoneração do cargo para disputar uma vaga no Senado. Foi eleito com 708.440 votos afirmando ser o "candidato da Constituição".

CAMPANHA

Neste pleito, Taques mudou o discurso e assumiu a bandeira da oposição, mantendo-se líder em todas as pesquisas eleitorais realizadas no Estado.

O senador registrou, segundo a Justiça Eleitoral, a maior arrecadação de campanha entre os postulantes ao governo e a maior coligação, com 12 partidos.

Na TV, usou boa parte de seus programas para enfatizar que fiscalizará todos os recursos que foram empregados nas obras da Copa de 2014, em Cuiabá.

E enfatizou que enquadrará na Justiça os responsáveis por supostos desvios.

Entre as principais promessas estão dobrar o número de policiais militares nas ruas, criar escolas de tempo integral e interromper a terceirização na saúde.

Durante a campanha, o pedetista protagonizou embates com o petista Cabral, 43, o candidato do atual governador, Silval Barbosa (PMDB).

E obteve na Justiça pedidos de direitos de resposta quando foi acusado pelos adversários de ser investigado pela Justiça na Operação Ararath, que apura irregularidades nos três Poderes no Estado.

A campanha de Taques também foi endossada pelos presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB).

A vaga de Pedro Taques no Senado será ocupada pelo seu suplente, José Antonio de Medeiros (PPS).

Segundo colocado nas eleições, o petista Lúdio Cabral computa a segunda derrota nas urnas. Médico sanitarista, Cabral perdeu, em 2010, o comando da Prefeitura de Cuiabá.

Neste pleito, o petista se apresentou aos eleitores como uma nova opção na política, apesar de representar a situação no Estado.

Lúdio prometeu tirar a saúde do caos por meio de melhoras na gestão de hospitais regionais.

Outra que sofreu um revés nas urnas foi Janete Riva, 48, única mulher a disputar o cargo. Ela assumiu o lugar do marido, José Riva, que responde a 107 processos na Justiça e foi barrado pela Lei da Ficha Limpa.

Janete prometeu cuidar de Mato Grosso como "mãe" e instituir no Estado um programa de transferência de renda semelhante ao Bolsa Família.

SENADO

O deputado federal Wellington Fagundes (PR) foi eleito senador pelo Mato Grosso com 48,9% dos votos válidos. Ele superou o tucano Rogério Salles, que ficou com 40,36% dos votos no Estado.


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