Folha de S. Paulo


Tasso lidera disputa pelo Senado no Ceará com 58%, diz Datafolha

A nova pesquisa Datafolha mediu a intenção de voto para senador no Ceará. Faltando cinco dias para a eleição ao senado, Tasso Jereissati (PSDB) permanece como líder da disputa e com o mesmo índice obtido no levantamento anterior feito pelo Datafolha, 58%.

Mauro Filho (Pros), que tinha 19%, hoje tem 21%. Raquel Dias (PSTU) e Geovana Cartaxo têm 1% cada. Brancos e nulos somam 7% (igual), e indecisos 12% (era 14%).

Considerando apenas os votos válidos, Tasso tem 72% (tinha 73%), e Mauro Filho 26% (tinha 24%).

Essa é a segunda pesquisa Datafolha no Ceará em que são divulgados os votos válidos. Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição.

O Datafolha ouviu 1.280 pessoas em 49 cidades cearenses na segunda (29) e na terça-feira (30). A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral com os protocolos CE-00025/2014 e BR-00905/2014.

GOVERNO

Editoria de Arte/Folhapress

A disputa pelo governo do Ceará se acirrou na reta final e agora registra um empate técnico entre Eunício Oliveira (PMDB) e Camilo Santana (PT), aponta o Datafolha.

O senador do PMDB tem 39% das intenções de voto, ante 37% do candidato petista, que tem apoio dos irmãos Cid e Ciro Gomes (Pros).

Como a margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, há empate técnico entre os candidatos.

Eliane Novaes (PSB) marcou 1%, mesmo percentual de Aílton Lopes (PSOL). Brancos e nulos somaram 7% e indecisos, 14%. O levantamento foi realizado em parceria com o jornal "O Povo".

Em relação à pesquisa anterior do instituto, dos dias 18 e 19 deste mês, Eunício oscilou dois pontos para baixo (tinha 41%) e Camilo, três para cima (registrava 34%).

Considerando o cálculo de votos válidos, o peemedebista tem 50%, e o petista, 47%. O critério, que exclui votos brancos, nulos e indecisos, é usado pela Justiça Eleitoral na divulgação dos resultados.

Para vencer no primeiro turno, o candidato precisa de 50% mais um voto. Em razão da margem de erro da pesquisa, não é possível dizer se haverá segundo turno no CE.

O Datafolha também mediu o conhecimento sobre o número dos candidatos.

No total, quase a metade dos entrevistados (47%) declarou o número correto, 43% afirmaram não saber, 5% disseram o número errado e outros 5% relataram não saber como anular o voto.

Entre eleitores de Eunício, 49% acertaram o número do candidato, percentual que foi de 51% entre aqueles que declaram voto em Camilo.

EVOLUÇÃO

Ancorado no apoio do governador Cid Gomes, que nesta semana se licenciou do cargo para se dedicar à campanha, Camilo cresceu 18 pontos desde agosto, enquanto Eunício caiu oito.

Na simulação de segundo turno, contudo, Eunício manteve a perspectiva de vitória. Tem 45%, contra 38% de Camilo. Registrou o mesmo índice da simulação da semana passada, e o petista oscilou um ponto para cima.

O acirramento nos números das pesquisas também vem se refletindo no tom das campanhas no Estado.

Eunício elevou as críticas ao atual governo e comparou Camilo a Paulo Maluf (PP-SP), citando um bloqueio de contas do candidato –já revertido– referente ao período em que o petista foi secretário da gestão Cid.

Os rivais trocaram acusações em debate no último domingo (28). Camilo disse ser vítima de agressões "covardes" do senador, que manteve as denúncias.

Principal cabo eleitoral de Camilo, Cid passou a afirmar que uma eventual vitória de Eunício seria entregar o Estado a um "aventureiro".

Eunício e os irmãos Gomes, contudo, dividiam a mesma aliança até março deste ano. O rompimento se deu quando o peemedebista não conseguiu apoio dos Gomes para sua candidatura.

Para viabilizar sua postulação, Eunício buscou o apoio do ex-governador Tasso Jereissati (PSDB), que disputa o Senado na mesma chapa.


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