Folha de S. Paulo


Em debate, Alckmin é atacado por corrupção em licitações

No debate promovido pela Globo com os candidatos a governador de São Paulo nesta terça-feira (30), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) teve que responder a ataques que o vinculavam à corrupção em licitações do Estado.

Após Paulo Skaf (PMDB) perguntar qual o motivo de existir uma corrupção "tão acentuada" no governo, Alexandre Padilha (PT) responsabilizou a formação de cartéis pela demora na expansão no Metrô.

O petista ainda disse que o PSDB colocou a corrupção "para debaixo do tapete" e ainda escolheu pessoa ligada ao esquema como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

A fala foi uma referência ao conselheiro afastado do TCE Robson Marinho. Ele é investigado há seis anos por suspeita de ter recebido propina da empresa Alstom quando secretário de governo (1995-1997) e foi afastado do cargo em agosto deste ano.

"Há 15 anos já convivemos com corrupção nas obras do metrô e do trem", disse Padilha.

Diante da movimentação, o governador reagiu. Ele chegou a pedir direito de resposta, mas foi negado e ficou contrariado.

Em outra resposta, o tucano disparou: "Aqui se fala muito mal de São Paulo, muitas inverdades, e na regra do debate, eu não tenho como me defender. O povo brasileiro sabe muito bem, quem convive com a corrupção".

Gilberto Maringoni (PSOL) ainda cobrou Alckmin por ter doações de empresas suspeitas de envolvimento em cartel, mas o governador disse que era "mentira".

Maringoni se referia ao fato de o governador ter recebido repasses das empresas Queiroz Galvão, Serveng Civilsan e CR Almeida. A Justiça de São Paulo aceitou, em 2012, denúncia contra executivos destas e outras 11 empresas por formação de cartel na linha 5 do metrô.

Alckmin sustentou que cartel se faz fora do governo e que os envolvidos estão sendo processados.

Na liderança das pesquisas desde o início da campanha e com chances de vitória em primeiro turno, o tucano foi alvo de ataques também na questão do abastecimento de água.


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