Folha de S. Paulo


Objetivo do programa foi atingido, diz ministério

O Ministério da Saúde afirma que enviou um profissional do Mais Médicos para cada município que procurou o governo porque havia profissionais disponíveis para isso e porque nenhuma cidade brasileira atingiu cobertura completa na área médica.

Segundo Hêider Pinto, secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, o foco para atender a todos não seguiu critério político.

"O que o ministério fez foi considerar os pedidos e ajustá-los em função daquilo que não poderia ceder", afirma. Se o governo não conseguisse atrair médicos suficientes, diz, teriam sido atendidos apenas os casos prioritários.

Ao preencher a adesão ao programa, segundo o secretário, as prefeituras encontraram algumas "travas".

Entre elas, a autorização para pedir profissionais apenas para as equipes de saúde já formadas ou em formação, mas ainda sem médico.

Segundo a pasta, considerou-se, ainda, a população local, a cobertura médica na ocasião, o que leva em conta os profissionais em atividade, carga horária e capacidade de ampliação das equipes.

Essas regras foram necessárias, segundo o governo, para focar o trabalho na estratégia de saúde da família e evitar que prefeitos substituíssem seus profissionais pelos do novo programa.

"A ideia do programa é mais médicos', e não é substituição de médicos. É para completar as equipes que estão sem médicos ou ele implantar novas equipes", diz.

Em princípio, as prefeituras haviam solicitado 16 mil médicos. Enquadrada nas regras do programa, contudo, a demanda seria de 13 mil –meta que, diz o ministério, foi atingida e ultrapassada.

Hoje, segundo o governo, são 14.462 profissionais.


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