Folha de S. Paulo


Expulsão de Luiz Moura só será definida pelo PT após as eleições

Quatro meses após vir à tona sua participação em reunião com membros da facção criminosa PCC, o deputado estadual Luiz Moura (SP) continua vinculado ao PT.

Ele teve seus direitos partidários suspensos em junho e, dois meses depois, o PT paulista tentou expulsá-lo para evitar desgaste na candidatura de Alexandre Padilha ao governo paulista. O deputado sempre negou ter envolvimento com o PCC.

Apesar de Padilha e o comando da sigla dizerem que o caso "está encerrado", a saída de Moura ainda depende de nova decisão do comando nacional do partido.

O deputado entrou com recurso contra a exclusão e, até que seja julgado, a desfiliação fica suspensa. A previsão é que a situação seja definida somente após as eleições.

Na época da expulsão, o presidente do PT-SP, Emídio de Souza, disse ter apoio da cúpula nacional para a exclusão e que ela agiria "no mesmo sentido e com rapidez" caso Moura recorresse.

Para o secretário nacional de mobilização da sigla, Florisvaldo Souza, a indefinição não prejudica o discurso de Padilha, já que Moura está fora da eleição deste ano.

Mesmo com as sanções da sigla, o deputado tentou lançar sua candidatura à reeleição. Primeiro, recorreu à Justiça comum para anular sua suspensão. Com a vitória, pediu registro à Justiça Eleitoral, que lhe negou o direito.

O petista poderia recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral, mas acabou desistindo, segundo seu advogado. Isso porque o candidato Iduigues Martins escolheu o mesmo número de legenda que ele.

Assim, o nome de Moura não aparecerá associado a seu número de campanha nas urnas no dia da eleição.

Divulgação

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