O candidato do PT ao governo de Minas Gerais, Fernando Pimentel, partiu para o contra-ataque em sua propaganda eleitoral na TV. Passou a citar, desde a noite desta segunda-feira (22), um episódio envolvendo o rival Pimenta da Veiga (PSDB) e o empresário Marcos Valério de Souza, o operador dos mensalões do PT e do PSDB, que está preso.
O contra-ataque se dá após o candidato do PSDB destacar na propaganda eleitoral processos a que Pimentel responde na Justiça referentes ao período em que foi prefeito de Belo Horizonte, de 2001 a 2008.
O programa do candidato petista exibiu reportagens de 2005, época da investigação do mensalão, quando a quebra do sigilo fiscal de Valério e de suas empresas mostraram relações financeiras entre Pimenta e Valério.
É citado um documento que mostra que Valério também foi avalista do tucano em um contrato de empréstimo de R$ 152 mil com o banco BMG.
Neste ano, Pimenta foi indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de lavagem de dinheiro, por ter recebido R$ 300 mil de Valério em 2003. Ele só declarou o valor em retificação do Imposto de Renda em 2005, quando a investigação do mensalão estava em curso e o caso veio à tona.
Pimenta nega irregularidade na relação que teve com Valério. Segundo ele, o valor corresponde a serviços advocatícios que prestou às empresas de Valério. A demora para declarar o valor, diz ele, ocorreu porque sua empresa de advocacia ainda não estava constituída.
O desempenho do tucano Pimenta, que continua atrás do PT desde o início da disputa, motivou mudanças na campanha do PSDB, que partiu para o ataque.
O PSDB também tenta colar em Pimentel a marca de um governador que pode trazer dificuldades para Minas, repetindo o desempenho fraco da economia nacional no governo Dilma, quando ele era o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O PT foca críticas nos quase 12 anos de gestão tucana, em áreas como segurança e saúde. Até então não vinha respondendo aos ataques no programa de TV.