Folha de S. Paulo


Dilma volta a usar leis trabalhistas para atacar campanha de Marina

A presidente Dilma Rousseff (PT) voltou a criticar neste sábado (20) sua principal adversária na corrida eleitoral, Marina Silva (PSB), a quem acusa de querer flexibilizar as leis trabalhistas em um eventual governo.

"Férias, décimo terceiro, hora extra... Isso são conquistas e conquistas. Não tem flexibilização nisso. Conquista se defende", disse a petista antes de iniciar uma carreata na zona sul de São Paulo.

A presidente disse ainda que pregar a revisão de leis trabalhistas no Brasil é um "atraso". Marina e seus coordenadores de campanha já negaram que tenham intenção de alterar aspectos centrais da legislação.

Depois de ser criticada pelos dois principais adversários por não ter entregue as seis mil creches que prometeu em 2010, Dilma defendeu o legado do PT na área e disse que a meta é universalizar o acesso à pré-escola e fazer "escolas-creche".

A presidente fez um minicomício. No ato, voltou a dizer que, na reta final, a eleição "fica mais tensa" e pode ser que existam "mentiras e boatos falsos para convencer o povo, enganando o povo".

A petista afirmou que combate "sem trégua " a corrupção. "Não somos aquele governo que varria tudo para debaixo do tapete", disse, numa referência velada à gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

"Doa a quem doer, atinja quem atingir, nós puniremos os culpados."

O discurso de que combate a corrupção está sendo usado pelo PT para minimizar os impactos das recentes denúncias envolvendo a Petrobras.

SILÊNCIO SOBRE IBGE

A presidente deixou a entrevista coletiva sem responder a perguntas feitas pelos jornalistas em relação aos erros reconhecidos pelo IBGE nos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

O órgão afirmou nesta sexta-feira (19) que divulgou um valor equivocado do índice de Gini, que mede a desigualdade no país, e corrigiu o indicador para baixo, o que significa uma melhora da distribuição de renda na população brasileira em 2013.


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