Folha de S. Paulo


Ministério da Defesa prepara 30 mil militares para trabalhar nas eleições

O Ministério da Defesa prepara 30 mil militares para trabalhar durante as eleições deste ano, com a expectativa de atuarem em 250 cidades do país.

Os militares devem ter a participação solicitada pela Justiça Eleitoral. Até o momento, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou ação militar em 95 localidades no Pará, Tocantins e Rio Grande do Norte, na chamada GLO (Garantia da Lei e da Ordem).

No caso de GLO, a participação militar se restringe a segurança para que funcionários da Justiça Eleitoral possam fiscalizar pontos de denúncia de irregularidades ou para que candidatos possam fazer campanha, além da proteção de locais de votação.

Segundo o comandante Walter Marinho Sobrinho, "o militar que identificar um crime eleitoral deverá comunicar o juiz eleitoral, que dará a orientação de como agir"

O foco principal dos militares é o acesso das zonas eleitorais. O discernimento do que é crime eleitoral fica um pouco mais difícil e ele está orientado a comunicar o fato ao juiz", diz o chefe de seção de operações complementares do Ministério da Defesa.

Em geral, os militares das Forças Armadas contam também com apoio da Polícia Militar e outras forças policiais, que poderão ser acionadas neste tipo de situação.

Além da GLO, os militares farão apoio logístico em pelo menos 88 localidades. Nesses casos, o uso do aparato militar será destinado ao transporte de urnas e funcionários da Justiça Eleitoral a locais de acesso difícil ou remotos.

A expectativa do Ministério da Defesa é, até o dia 5 de outubro, atender 250 localidades. Como o pedido parte da Justiça Eleitoral, é possível que até às vésperas da eleição o TSE possa alterar as demandas ou ampliá-las.

PÓS-COPA

Uma das novidades para a operação das eleições em 2014 é o uso do centro de comando e controle, criado para a Copa do Mundo.

Esse centro monitora diversas operações no país e facilita a integração das diversas forças. No local, diversas organizações deverão atuar, como o TSE e os próprios militares.


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