Folha de S. Paulo


No Rio, líder do sem-terra promete protestos diários se Marina for eleita

Um dos líderes nacionais do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stedile, fez duras críticas à candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, durante ato em defesa da exploração do pré-sal, realizado em frente à sede da Petrobras, no Rio, nesta segunda-feira (15).

Para o líder da via campesina, Marina vai entregar a Petrobras para a iniciativa privada e não investirá no pré-sal, caso seja eleita presidente da República.

"Vamos estar todos os dias aqui em protesto [se Marina ganhar]", disse Stedile, que acompanhou a manifestação convocada por centrais sindicais ligadas ao PT, como FUT (Federação Única dos Petroleiros) e CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Antonio Lacerda/Efe
João Pedro Stedile, um dos líderes do MST, e o ex-presidente Lula, em ato em defesa do pré-sal
João Pedro Stedile, um dos líderes do MST, e o ex-presidente Lula, em ato em defesa do pré-sal

As críticas vão de acordo com o discurso da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT), que na TV acusou a adversária de querer "acabar com o pré-sal".

O ato realizado nesta segunda-feira contou também com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem comandado a ofensiva contra sua ex-ministra do Meio Ambiente –principal adversária para a reeleição de Dilma. Marina e Dilma estão empatadas, segundo o mais recente levantamento feito pelo Datafolha.

Ex-militante histórica do PT, Marina Silva deixou o partido em 2009, após 30 anos dentro do partido. Na semana passada, ela chegou a se emocionar ao comentar as críticas do ex-presidente Lula.

Para rebater os ataques, Marina e seu vice na chapa, Beto Albuquerque, também promoveram um ato em defesa do pré-sal, no Rio, na semana passada.

Na ocasião, a presidenciável afirmou ter sido vítima de "boatos" e "mentiras" sobre o tema no Estado, que vai receber investimentos com a exploração do petróleo.


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