Folha de S. Paulo


Um dos favoritos ao Planalto, PSB vê risco de fracasso nos Estados

Um dos favoritos neste momento na corrida à Presidência, o PSB de Marina Silva vive uma situação oposta nas campanhas aos governos estaduais.

Segundo pesquisas recentes do Datafolha e do Ibope, apenas dois candidatos a governador do partido disputam a liderança das eleições aos governos dos Estados. Paulo Câmara (PE) e Chico Rodrigues (RR) aparecem, no entanto, empatados com rivais de outras legendas.

Essa realidade difícil nos Estados está expressa na comparação dos levantamentos com o resultado das eleições de 2010. Na ocasião, o PSB superou expectativas internas ao conquistar seis Estados: Amapá, Ceará, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco e Piauí.

O resultado foi um dos fatores que estimularam o então presidente da legenda, Eduardo Campos, a se lançar candidato ao Planalto.

Dos seis governadores eleitos pelo PSB em 2010, três concorrem à reeleição, mas nenhum lidera a disputa.
Camilo Capiberibe (AP) é o que tem a situação mais complicada: em terceiro lugar, está 28 pontos percentuais atrás do primeiro colocado (veja quadro abaixo).

Editoria de Arte/Folhapress

Apesar desse cenário, o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, acredita que a legenda conseguirá eleger de três a cinco governadores. "Estaremos na média dos grandes partidos, que dificilmente farão mais que isso."

Em 2010, o PSB elegeu 34 deputados –hoje tem 24– e três novos senadores. A meta do partido para este ano é chegar a 50 deputados e dobrar a bancada no Senado.

Na semana passada, o Datafolha apontou pela primeira vez um candidato do PSB liderando uma corrida estadual. Paulo Câmara, indicado por Campos para a sucessão em PE, cresceu 23 pontos desde a morte do padrinho político e empatou com Armando Monteiro (PTB).

Em Roraima, o governador Chico Rodrigues, que assumiu o cargo em abril, está numericamente em segundo lugar, mas num empate técnico com mais dois candidatos.

Embora as pesquisa não mostrem essa possibilidade como viável no momento, o PSB aposta também na recuperação dos governadores Renato Casagrande (ES) e Ricardo Coutinho (PB) para evitar uma queda mais brusca em relação a 2010.

Na disputa pelo Planalto, o nome forte do PSB é Marina Silva, ex-senadora que só assumiu o posto com a morte de Campos. Ela tem 34% das intenções de voto, segundo o Datafolha, e estava tecnicamente empatada na semana passada com Dilma Rousseff (PT), com 35%.

PMDB EM ALTA

Superado por PSDB e PSB há quatro anos, o PMDB poderá eleger o maior número de governadores em outubro.

O partido lidera a disputa em oito Estados, e Luiz Fernando Pezão, embora numericamente em segundo, está tecnicamente empatado com Garotinho (PR) no Rio.

Apesar de ter cinco nomes nas primeiras colocações, o PT enfrenta dificuldades em grandes colégios eleitorais, considerados prioritários pelo próprio partido, como São Paulo, Rio e Paraná.

Duas apostas do ex-presidente Lula, o ex-ministro Alexandre Padilha (SP) e o senador Lindbergh Farias (RJ) estão, respectivamente, em terceiro e quarto lugar nas pesquisas de seus Estados.

Partido que mais elegeu governadores em 2010, com oito nomes, o PSDB lidera atualmente em cinco. A maior parte dos primeiros colocados da sigla são candidatos à reeleição: Marconi Perillo (GO), Simão Jatene (PA), Beto Richa (PR) e Geraldo Alckmin (SP).

Matheus Britto/Folhapress
Escolhido por Campos, Paulo Câmara (PSB) disputa o governo de Pernambuco
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