Folha de S. Paulo


Marina tenta se aproximar de setor ruralista, com o qual já divergiu

Ao buscar aproximação com os líderes do agronegócio, Marina Silva, candidata do PSB à Presidência, tenta construir uma ponte com uma fatia do empresariado que ela ainda não tem a seu lado na campanha.

O setor financeiro e os industriais já não consideram a candidata do PSB uma ameaça para a estabilidade econômica. Mas o relacionamento da ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula com os empresários do campo sempre foi mais conturbado.

Nesta quinta-feira (28), a ex-ministra do Meio Ambiente visitou a Fenasucro -uma das maiores feiras do setor sucroenergético do mundo, que acontece em Sertãozinho (a 333 km de São Paulo), e afirmou que o seu esforço será recuperar o setor.

Marina e os ruralistas divergem em vários pontos da legislação que regula a preservação ambiental –vista pela ex-senadora como frouxa e por eles como rigorosa demais.

Durante a votação do Código Florestal, aprovado em 2012, Marina trabalhou para que todos os responsáveis por desmatamento fossem obrigados a recuperar ou compensar os estragos que fizeram. Os ruralistas conseguiram limitar o alcance da lei.

Quando se juntou a Eduardo Campos (PSB), no ano passado, a ex-ministra irritou os produtores rurais ao vetar a presença do deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO) no grupo de apoio à candidatura do PSB à Presidência.

Um dos maiores focos de resistência ao nome de Marina hoje fica o Centro-Oeste, que concentra grandes produtores com foco na exportação de grãos.

Boa parte dos plantadores de soja e pecuaristas da região não engolem a presidenciável do PSB por causa de suas posições em temas como demarcação de terras indígenas e desmatamento.


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