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Padilha ataca discurso de Alckmin para justificar falta de água em SP

Fabio Braga/Folhapress
Alexandre Padilha (PT) participa de debate promovido por Folha, UOL, SBT e Jovem Pan com candidatos a governador
Alexandre Padilha (PT) participa de debate promovido por Folha, UOL, SBT e Jovem Pan

Em debate promovido pela Folha, em parceria com o UOL, SBT e Jovem Pan nesta segunda-feira (25), o candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, criticou o discurso do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta a reeleição, para justificar a crise de abastecimento no Estado.

O petista afirmou que "acabará com o racionamento do atual governador".

Para o tucano, apesar de ter feito as obras necessárias para conter a crise hídrica, a seca recorde superou o esperado.

"Todos sabem que esse é o maior período de seca de São Paulo. Estamos tratando desse problema com obras e conscientização", disse Alckmin, negando o racionamento.

Pesquisa Datafolha feita no mês de agosto apurou que 46% dos paulistanos dizem ter sofrido interrupção no fornecimento de água em casa nos últimos 30 dias. Em maio, esse percentual era de 35%.

No Estado, em cidades não atendidas pela Sabesp, 2,1 milhões de pessoas já vivem rodízio oficial com até dois dias sem água.

Padilha rebateu em tom de ironia. "Governador, o seu discurso não enche a caixa d'água de ninguém. Desde janeiro, Campinas tem corte, Guarulhos tem cortes de água, a Grande SP, a Vila Madalena. Eu serei o governador que vai assumir as responsabilidades. Eu vou entregar as obras", afirmou.

O candidato do PT disse que, se eleito, criará o programa "Água Noite e Dia", que inclui obras na área de abastecimento de água, incentivos para empresas que economizarem água e proteção aos mananciais.

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SAÚDE

Líder nas pesquisas de intenção de voto, Alckmin foi o principal alvo de críticas dos adversários na corrida eleitoral.

O candidato do PT, porém, também não foi poupado. Gilberto Maringoni (PSOL) acusou o ex-ministro de adotar um discurso conservador a respeito da segurança pública em busca de votos no Estado.

Em sua propaganda no horário eleitoral, Padilha fala que se inspirou em experiências da polícia americana para elaborar seu programa de governo na área da segurança.

Ao se defender, Padilha disse que não se deixará influenciar por diferenças ideológicas para realizar as medidas que considerar necessárias, citando sua experiência no Ministério da Saúde.

"Eu fui buscar os médicos em Cuba, e vou trazer experiências da polícia dos Estados Unidos", disse o petista, em referência ao programa Mais Médicos, implantado durante sua gestão à frente da pasta.


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