Folha de S. Paulo


Dilma afirma que Petrobras está acima de atos de corrupção de funcionários

A presidente Dilma Rousseff afirmou neste domingo (24), em coletiva à imprensa, que a Petrobras está acima de atos de corrupção que possam ter sido praticados por funcionários da empresa.

Dilma, porém, não quis comentar o acordo de delação premiada negociado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. "A Petrobras está acima disso e eu não tenho que comentar sobre a decisão de uma pessoa presa fazer ou não delação premiada. Isso não é objeto de interesse da presidente da República", afirmou.

"Temos de aprender que se pessoas cometeram erros, malfeitos, crimes, atos de corrupção, isso não significa que as instituições tenham feito isso. Não se pode confundir as pessoas com as instituições. A Petrobras é muito maior do que qualquer agente dela, seja diretor ou não, que cometa equívocos", disse a presidente.

Dilma novamente evitou comentar sobre a entrada da ex-ministra Marina Silva (PSB) na corrida presidencial, dizendo que prefere se dedicar a prestar contas de seu governo, mas rebateu as críticas feitas por Marina de que o país não precisava de uma "gerente".

Para a presidente, essa declaração é de quem "nunca teve experiência administrativa".

"No presidencialismo somos diferentes do parlamentarismo. O chefe do Poder Executivo tem obrigações claras. Não é uma questão de ser gerente ou não, isso é uma visão tecnocrática, o presidente é executor. Ele não é pura e simplesmente um representante do poder", afirmou Dilma.

"Acho que o pessoal está confundindo o presidente da República com rei ou rainha", rebateu.

No início de sua fala, ela disse que iria almoçar com o jornalista e escritor Lira Neto, autor de uma trilogia sobre o ex-presidente Getúlio Vargas, e elogiou a trajetória de Vargas, chamando-o de "grande democrata".


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