Folha de S. Paulo


Lula diz que mídia é o pior partido de oposição

O programa do PT desta quinta-feira (21) exibiu discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no qual ele criticou "certa imprensa" que "se transformou no pior partido de oposição".

Lula disse ainda que a presidente Dilma Rousseff "enfrentou a crise mundial" como se enfrenta "touro a unha" e pediu para o eleitor "não deixar o Brasil parar".

A propaganda do PT priorizou a exibição de grandes obras do governo federal como símbolos da eficiência dos governos Lula e Dilma.

Contudo, parte das obras apresentadas como frutos de "planejamento meticuloso" sofreram sucessivos atrasos –como a Ferrovia Norte-Sul– ou ainda estão inoperantes, como a transposição do rio São Francisco.

Os eixos leste e norte da transposição estavam previstos para serem entregues em 2010 e 2012, respectivamente, mas deverão ficar para dezembro de 2015.

Em maio, a presidente inaugurou um trecho de 855 quilômetros da Norte-Sul. As obras estavam em andamento desde 2007 e, em 2010, Lula chegou a fazer dois eventos para inaugurar a ferrovia. Mas ela não estava pronta e nunca foi usada no transporte de mercadorias. O trecho ainda não está funcionando porque o governo não fez a concessão e, por isso, não há uma empresa que opere a linha.

No programa do PSDB, Aécio Neves repetiu declarações feitas no horário eleitoral da terça-feira (19). O programa da tarde acrescentou apenas uma breve biografia e uma entrevista rápida com o tucano.

O PSB, por sua vez, fez o primeiro programa eleitoral na TV centrado na ex-senadora Marina Silva, mostrando trechos do discurso na oficialização de sua candidatura.

A candidata substituiu o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente de avião no dia 13 de agosto.

Como no programa de rádio veiculado pela manhã, Marina reforça que não vai descumprir os acordos feitos por Campos: "Sem Eduardo, temos hoje o que sempre nos uniu: tudo aquilo que fizemos juntos. É o que faremos daqui para frente. O programa é, em si mesmo, o pacto selado. O acordo maior que nos une", declarou a ex-senadora.

"Convoco a todos que saiamos do trauma da perda de Eduardo dispostos a nos entendermos para levar adiante nossa missão. Devemos isso a ele e ao povo brasileiro."


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