Folha de S. Paulo


Há 9 anos, avô de Campos também morria em um 13 de agosto

O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, morreu no mesmo dia que o seu avô e padrinho político, o também ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes (1916-2005).

Político com inclinações à esquerda mas com boas relações com a oligarquia pernambucana, Arraes morreu aos 88 anos no final da manhã do dia 13 de agosto de 2005, num hospital do Recife, após dias internado. A causa de sua morte foi uma reincidente infecção generalizada.

Eduardo Campos, 49, morreu no final da manhã desta quarta-feira (13) num acidente aéreo em Santos, no litoral de São Paulo. O jato em que o candidato estava caiu num condomínio residencial.

Miguel Arraes, avô do político, foi eleito três vezes governador de Pernambuco. A primeira vitória, em 1963, terminou de forma abrupta e amarga no ano seguinte, quando foi preso e deposto pelos militares após o golpe de Estado de abril de 1964. Exilou-se na Argélia, onde viveria até 1979, quando retornou ao país após a promulgação da Lei da Anistia. Ele reelegeu-se novamente ao governo e foi também deputado federal.

Principal herdeiro político de Miguel Arras, o neto Eduardo Campos trilhou caminho semelhante. Foi deputado estadual e federal e elegeu-se governador de Pernambuco em 2006, sendo reeleito em 2010.

Na atual campanha, Eduardo Campos buscava pela primeira vez chegar ao Palácio do Planalto, posto que seu avô nunca disputou.


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