O candidato à Presidência pelo PSDB, senador Aécio Neves (MG), inicia nesta terça-feira (12) uma ofensiva de campanha no Nordeste para tentar reduzir a vantagem da presidente Dilma Rousseff (PT) na região.
As viagens deverão se estender por duas semanas, passando por ao menos 12 municípios, com foco em cidades médias como Itabuna (BA), Itabaiana (SE), Arapiraca (AL), Petrolina (PE), Patos (PB) e Maracanaú (CE).
O percurso começa hoje, com visitas a Imperatriz (MA) e Teresina (PI), e termina no próximo dia 23, na Bahia, com o lançamento do programa "Nordeste Forte" –aposta tucana para impulsionar o candidato na região.
O programa inclui ações de infraestrutura e desenvolvimento social para cem microrregiões, com projetos específicos. Cada microrregião incluirá entre 15 e 20 cidades.
Haverá promessas de acelerar grandes obras, como a Transnordestina e a Ferrovia Oeste-Leste, e de asfaltamento de acessos às cidades.
O plano de Aécio –tocado por técnicos ligados ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM)– também prevê desonerações fiscais e aumento de repasses do BNDES à região.
Para Campina Grande (PB), por exemplo, haverá um projeto para atrair pesquisadores e start-ups ao polo de tecnologia local.
O foco das propostas sociais será a educação, com ações, por exemplo, para suprir o déficit de creches e eliminar distorções idade-série no ensino fundamental.
FRENTE DE VOTOS
Nas eleições de 2010, Dilma somou 18,4 milhões de votos no Nordeste, contra 7,7 milhões de José Serra (PSDB), o que consolidou a vantagem da petista: Dilma teve 12 milhões de votos a mais que Serra, 10,7 milhões no Nordeste.
Segundo o coordenador da campanha de Aécio no Nordeste, José Thomaz Nonô (DEM), o objetivo da série de viagens é tornar o candidato mais conhecido na região.
Pesquisa Ibope divulgada na última semana de julho apontou Aécio com 9% das intenções de voto no Nordeste, atrás de Eduardo Campos (PSB), com 11%, e de Dilma, que chegou a 55%.
Outra meta da caravana será apresentar Aécio como uma alternativa viável ao PT. Para isso, o prefeito de Salvador afirma que o tucano deverá trazer propostas novas, mas reconhecer os acertos da atual gestão.
"O discurso tem que ser para o futuro, para entusiasmar e mostrar que é possível fazer mais. As pessoas estão preparadas para isso e querem ouvir isso", diz ACM Neto.