Folha de S. Paulo


Dilma experimenta 'dogão' de Osasco, e usa ato falho para alfinetar Alckmin

A passagem da presidente Dilma Rousseff neste sábado (9) pelo centro de Osasco (SP) foi marcada por um gesto típico de candidato. Dilma fez questão de posar para fotos experimentando um cachorro-quente.

Em cima de um carro e com um forte esquema de segurança, a presidente passeou pelo calçadão do centro de Osasco acompanhada por vários petistas, como a ministra Marta Suplicy (Cultura) e do candidato do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha. Este é o primeiro evento de rua de sua campanha de reeleição em São Paulo.

Após o passeio, Dilma discursou por 15 minutos e usou um ato falho para atacar a crise hídrica do sistema Cantareira e alfinetar mais uma vez o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Na fala, a petista trocou o nome da obra de canalização do braço morto do Tietê por "braço seco" e disparou críticas indiretas ao governador. "É a canalização do braço seco por conta da cantareira e do braço morto por conta do volume morto", justificou.

A presidente usou a maior parte do discurso para exaltar seu governo na área de educação e saiu em defesa da Petrobras. Ao realizar sua quinta agenda em pouco mais de uma semana em São Paulo, a presidente admitiu que está privilegiando o Estado. Ela disse, no entanto, que não tem esquecido de outras regiões.

"Não é possível desconsiderar São Paulo como local extremamente importante. Eu estou privilegiando São Paulo. Agora, quero dizer para vocês que nem toda semana será assim. Por isso, dei exemplo no Amapá. Só peço isso: na hora em que eu passar uma semana sem aparecer vocês não digam que eu esqueci São Paulo", afirmou.

A campanha de reeleição intensificou a presença de Dilma e do ex-presidente Lula para tentar diminuir a alta taxa de rejeição da petista –47% segundo Datafolha–, e decolar a candidatura de Padilha, terceiro lugar nas pesquisas ao Palácio dos Bandeirantes.

Por onde Dilma passou, foram estendidas faixas com os dizeres :"João Paulo, presente", em referência ao ex-deputado petista condenado e preso no julgamento do mensalão. João Paulo, ex-presidente da Câmara dos Deputados, é uma das principais lideranças políticas da cidade e um dos maiores puxadores de votos do PT.


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