Folha de S. Paulo


Após vídeo, Luiz Marinho diz que Skaf é amador na vida pública

Coordenador da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff em São Paulo, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, subiu o tom nesta terça-feira (29) e chamou o candidato do PMDB ao governo paulista, Paulo Skaf, de amador na vida pública por divulgar um vídeo rejeitando espaço ao PT em sua campanha.

Marinho afirmou ainda que o PT precisa ter paciência e generosidade com o peemedebista.

"Achei que ele é amador na vida pública, [ a divulgação do vídeo] um certo amadorismo. Mas nós temos que ter paciência e generosidade. Seguramente o PMDB chegará a conclusão de que tem por obrigação apoiar a Dilma. O Skaf vai chegar a uma conclusão em algum momento . Ele está refletindo", provocou Marinho, em entrevista durante caminhada em Mauá.

O prefeito disse que deve conversar nesta semana com o vice-presidente, Michel Temer, sobre a campanha em São Paulo, Estado com alta rejeição (47%) à presidente.

Veja vídeo

Assista ao vídeo em tablets e celulares

Para Marinho, Skaf é quem vai perder e "arcará com as consequências" se não abrir palanque par a Dilma.

"Dilma tem rejeição, mas também tem eleitores no Estado, tem mais eleitores que o Skaf, portanto, ele está perdendo com essa análise. Segundo, na campanha nós teremos um horário muito maior de televisão da presidenta Dilma e vai reduzir a rejeição", afirmou o petista.

E completou : "Ele não fazendo campanha para a Dilma, ele vai perder e não ganhar.

Essas são as consequências que eu acho que podem acontecer, mas eu prefiro acreditar no diálogo, no convencimento e que o PMDB uma hora vai chegar a conclusão vai fazer campanha para a Dilma", disse.

Skaf resiste a dar palanque a Dilma sob o argumento de que sua candidatura pode ser contaminada com a taxa de rejeição do PT. Temer tem tentado enquadrar Skaf, mas o candidato tem ignorado a pressão de seu fiador político.

Candidato do PT ao Bandeirantes, Alexandre Padilha, ironizou a posição do adversário e sustentou que ele nunca teve problema em defender Dilma.

"Quem desdenha muito, um dia pode querer comprar", alfinetou Padilha.

AGENDA

Numa ação que o PT tem chamado de "operação resgate" para a Dilma e Padilha, os dois candidatos devem participar em agosto de pelo menos dois eventos, um em Osasco e outro na Baixada Santista. No dia 7, eles se reúnem com centrais sindicais, tradicional eleitorado petista.


Endereço da página:

Links no texto: