Folha de S. Paulo


Santander vira alvo de petistas após análise com críticas a Dilma

O banco Santander virou alvo de ataques de petistas desde sexta-feira (25), quando veio a público um texto enviado a clientes ricos dizendo que o eventual sucesso eleitoral da presidente Dilma Rousseff iria piorar a economia do Brasil.

Jorge Lapas (PT), prefeito de Osasco, município na região metropolitana de São Paulo, aproveitou o episódio para anunciar que romperá o convênio com o banco para recolhimento de impostos e taxas municipais.

Segundo ele, o Santander já foi notificado e o contrato será encerrado em 30 dias. Osasco tem o 12º maior PIB do país, segundo o último levantamento do IBGE.

O texto do Santander afirmava que, se a presidente subir nas pesquisas de intenções de coto, juros e dólar vão subir, e a Bolsa, cair.

A análise já frequentava o mercado de forma difusa, mas nunca assumida de modo institucional por um banco.

Militantes petistas lançaram uma campanha de boicote ao banco. Em redes sociais, defenderam a transferência de contas correntes para o Banco do Brasil e a Caixa, bancos públicos sob controle do governo federal.

Rui Falcão, presidente do PT, classificou o caso como "terrorismo eleitoral" e divulgou que o banco havia enviado um pedido de desculpas.

O site Muda Mais, vinculado à campanha de Dilma, também definiu o episódio como "terrorismo eleitoral".

PROXIMIDADE

A versão brasileira do jornal espanhol "El País" publicou reportagem sobre o episódio no sábado. O veículo lembrou que o presidente mundial do banco, Emilio Botín, já foi recebido 4 vezes por Dilma e tentava cultivar uma relação de proximidade com o governo brasileiro.

Em sabatina realizada nesta segunda pela Folha, pelo portal UOL, pelo SBT e pela rádio Jovem Pan a candidata do PT classificou de "lamentável" e "inadmissível" a recomendação do banco Santander a correntistas.


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