Folha de S. Paulo


Diretrizes de governo de Skaf incluem fim da progressão continuada

As diretrizes de governo de Paulo Skaf, candidato a governador de São Paulo pelo PMDB, terão como carro-chefe a educação, sua principal vitrine como presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo).

Além de aproveitar políticas adotadas nas escolas técnicas do Sesi e do Senai, geridas pela federação, o pemedebista pretende enfrentar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) propondo o fim da progressão continuada, instituída na gestão do tucano Mário Covas, e que também foi criticada na última disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

Pela progressão continuada, o ensino fundamental é dividido em três ciclos e os estudantes só podem ser reprovados ao final deles. Para os críticos desse sistema, os estudantes podem passar de ano sem adquirir todos os conhecimentos e aptidões necessárias, além de diminuir o poder de reprovação do professor.

O programa de Skaf também propõe a criação de um plano escalonado para universalização da educação em tempo integral no ensino fundamental. As diretrizes serão apresentadas à Justiça Eleitoral nesta sexta-feira (4), segundo a campanha do PMDB.

Bruno Poletti/Folhapress
Paulo e Skaf e o vice-presidente Michel Temer na convenção do PMDB em São Paulo
Paulo e Skaf e o vice-presidente Michel Temer na convenção do PMDB em São Paulo

O documento tem 25 páginas, com diretrizes divididas em oito temas, além da educação: saúde, segurança pública, política social, desenvolvimento econômico, infraestrutura, meio ambiente, cultura e esporte.

Para a segurança pública, Skaf propõe o uso de PPPs (Parcerias Público-Privadas) para a construção e gestão de presídios em São Paulo.

Na área de desenvolvimento econômico, a proposta principal é a ampliação do prazo de recolhimento do ICMS e do número de setores beneficiados com a redução do imposto.

Em saúde, as diretrizes incluem a implantação de prontuário eletrônico de pacientes da rede estadual e a criação de uma central de agendamento de consultas.

As propostas tecnológicas fazem parte de discurso repetido por Skaf de que os serviçõs públicos do Estado parecem "ter parado na década de 80" e que precisam de modernização.

PADILHA

Com 3% das intenções de voto, o petista Alexandre Padilha deve registrar ainda nesta quinta-feira (3) seu pedido de candidatura na Justiça Eleitoral. A campanha não divulgou o material. As 13 diretrizes do programa de governo foram apresentadas na convenção do partido que o confirmou na disputa.

No evento, Padilha centrou fogo na gestão de Alckmin para se apresentar como candidato da mudança. A maioria das promessas é genérica. Na área de Educação, ele propõe a criação de uma academia para formação e valorização dos professores, além de 100% de banda larga nas escolas.

Sem apontar um percentual, ele defende a adoção de cotas sociais na USP, Unesp, e Unicamp. A Unesp já tem reserva de 15% para alunos do ensino público.

Para segurança pública, fala em adotar ações para isolar os chefes do crime organizado e bloquear celulares. Oura proposta será a adoção de um bilhete único metropolitano, com uma tarifa apenas nos transportes entre uma cidade e outra.

Na tentativa de reduzir o prazo de abertura das empresas, será criado o Poupa Tempo Empresarial.


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