Folha de S. Paulo


Ao lado de Alckmin, Dilma anuncia investimentos e alfineta tucanos

Ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) anunciou investimentos em mobilidade, habitação e saneamento para São Paulo e fez críticas a gestões anteriores, em alusão ao governo do tucano Fernando Henrique Cardoso.

O discurso foi feito em evento de anúncio de obras de mobilidade urbana e de combate à enchentes na região metropolitana de São Paulo, nesta quinta-feira (26).

Jorge Araújo/Folhapress
Dilma, Haddad e Alkmin durante anúncio do PAC 2, da linha 6 do Metro e investimentos contra enchentes em SP
Dilma, Haddad e Alkmin durante anúncio da linha 6 do Metro e investimentos contra enchentes em SP

Na cerimônia, Alckmin e o presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, assinaram contrato de financiamento de R$ 1,6 bilhão para a Linha 6-Laranja do Metrô.

Embora tenham enaltecido a parceria entre União, Estado e município em obras e investimentos para o Estado, Dilma e o prefeito Fernando Haddad (PT), também presente, aproveitaram a situação para cutucar o adversário político. Alckmin também é candidato à reeleição e tem como concorrente o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT).

"Tenho perfeita consciência que, no passado, não se investiu em mobilidade urbana nessa dimensão. No governo do presidente Lula, nós começamos a fazer investimentos em mobilidade urbana e fomos indo e ganhamos escala agora", disse Dilma. Segundo ela, "em 2005, o padrão de investimento no Brasil era algo em torno de R$ 2 bi, R$ 2,5bi, que é algo que se gasta aqui nessa cidade".

A presidente afirmou que, desde então, não precisa mais obedecer a "palpites do FMI (Fundo Monetário Internacional)" onde deve ou não investir. Em 2005, o Brasil quitou a dívida com o órgão.

Ela ainda defendeu o programa Minha Casa, Minha Vida e disse que, antes de sua gestão, não havia programa de habitação no governo federal. "Porque programa de habitação não é ter feito dois ou três, é a escala de um programa em um país com 201 milhões de habitantes".

Em frente a um público majoritariamente petista, Alckmin fez um discurso breve. O governador agradeceu aos presentes e listou obras de transporte que são marcas de sua gestão.

SEGURANÇA E ABASTECIMENTO

Dilma ainda citou como "cruciais", em seu discurso, investimentos em duas áreas usadas pelo PT em críticas ao governo de Alckmin: abastecimento de água e a segurança pública.

A crise de água em São Paulo, que fez o governo ter que usar a água do chamado "volume morto" ( água que fica no nível mais profundo dos reservatórios) do sistema Cantareira para abastecer a região metropolitana da capital, e a violência são os principais temas usados por Padilha para questionar o governo tucano.

Antes da presidente, Haddad já havia alfinetado o governador. O petista disse que os investimentos do governo federal "vão resolver quase todas as bacias que têm problema de drenagem em SP". E se dirigiu a
Alckmin: "E aí, governador, após essas obras vamos poder torcer todos juntos para chover, chover muito, em São Paulo"


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