Folha de S. Paulo


Grupo Gay da Bahia faz exposição de fotos em protesto contra seleção do Irã

A seleção do Irã será recebida em Salvador para o jogo contra a Bósnia com um protesto da comunidade gay: no dia do jogo, quarta-feira (25), o GGB (Grupo Gay da Bahia) vai abrir uma exposição fotográfica sobre a homofobia no Irã.

Sob o título "Irã: o inferno dos homossexuais", a mostra irá reunir na sede do GGB, no Pelourinho, 30 fotografias que mostram, entre outras coisas, enforcamentos e açoites de gays no Irã –onde a homossexualidade pode ser punida com pena de morte.

A mostra ocorrerá até o fim de julho.

De acordo com o GGB, que é uma das mais antigas entidades do gênero no país, as imagens foram obtidas com iranianos gays exilados do país e com a Associação Internacional de Gays e Lésbicas, entre outras fontes.

O fundador do GGB, Luiz Mott, afirma que a mostra também inclui uma crítica à situação no Brasil. "A exposição fala também que o Brasil é o cemitério dos gays. Lá no Irã são executados um ou dois por ano, enquanto aqui morrem mais de 300 por ano. A cada 26 horas um LGBT é assassinado no Brasil", disse.

Os iranianos já haviam sido alvos de protesto em Curitiba, onde jogaram contra a Nigéria. Gays realizaram um "beijaço" no centro da cidade para criticar a intolerância à homossexualidade nos dois países.

No caso de Salvador, segundo Mott, não está previsto protesto nas ruas.

A ONU contabiliza leis contra os homossexuais em 76 países e lançou uma mobilização neste ano contra a discriminação aos homossexuais.


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