Folha de S. Paulo


Prefeitura de Fortaleza diz não ter plano B para conter greves na Copa

A prefeitura de Fortaleza diz não ter um plano B para driblar as duas greves agendadas para ocorrer na cidade durante a Copa do Mundo: a dos motoristas de ônibus e a dos agentes de trânsito.

Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (13), o presidente da Etufor (Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza), Antônio Ferreira, disse que espera operar com 100% da capacidade dos ônibus nos dias de Copa em Fortaleza.

A primeira partida no Castelão acontece neste sábado (14), entre Uruguai e Costa Rica. Na terça (17), a seleção brasileira enfrenta o México, pela segunda rodada do grupo A.

A paralisação dos motoristas está marcada para segunda-feira (16) e a dos agentes de trânsito, para este sábado (14) e terça (17).

"Esperamos que todos os ônibus operem. Até agora trabalhamos apenas com o plano A, com todo o contingente em operação", disse.

Ferreira também destacou que, caso a greve seja mesmo deflagrada, vai aguardar a Justiça determinar um percentual mínimo de motoristas rodoviários no trabalho.

"Esperamos 80% como percentual mínimo. Diante desse cenário não precisamos de um plano B, conseguimos operar sem afetar a Copa do Mundo e o cotidiano da população", disse.

O presidente da AMC (Autarquia Municipal de Trânsito), Vitor Ciasca, também negou a possibilidade de um novo plano de operação para driblar as paralisações.

Segundo ele, a greve não deve acontecer, uma vez que a Justiça concedeu liminar considerando as paralisações dos agentes de trânsito abusivas –com multa de R$ 200 mil por dia parado.

"Já está garantido que teremos 170 agentes no entorno do Castelão em dias de jogos. Não vamos mudar nossa programação", afirmou Ciasca.

Os agentes de trânsito decidiram cruzar os braços durante os seis jogos do Mundial na capital cearense. Eles reivindicam redução da carga horária de 36 para 30 horas semanais.

Já os rodoviários votaram em assembleia o início da greve a partir desta segunda-feira (16). Eles pedem aumento de 15% no salário –os motoristas recebem R$ 1.500 e os cobradores, R$ 900.

Os empresários ofereceram aumento de 5,8%, o que, segundo o sindicato dos trabalhadores, é insuficiente para compensar as perdas de 9,2% com a inflação (INPC acumulado) desde o último aumento dado, em maio de 2013. A data-base da categoria é 1º de maio.


Endereço da página: