A Polícia Militar voltou a entrar em confronto com manifestantes na zona leste de São Paulo na tarde desta quinta-feira. O conflito aconteceu dentro da estação Tatuapé do metrô por volta das 15h e durou cerca de 30 minutos.
Segundo a polícia, os manifestantes atiraram pedras contra uma tropa que estava protegendo o local. Eles gritavam palavras de ordem contra a organização da Copa do Mundo e chegaram a acionar extintores de incêndio.
A manifestação se misturou com torcedores que tentavam chegar a região do estádio do Itaquerão, onde acontece na tarde desta quinta-feira a cerimônia de abertura do mundial. Muitas crianças choraram com o eco das bombas jogadas pela polícia.
"As crianças ficaram assustadas. Estava querendo prestar um concurso para a polícia, mas agora não quero mais", disse a dona de casa Isabele Cristina da Silva, 35.
Não há informações sobre feridos e detidos. A estação chegou a fechar no momento do tumulto.
A dona de casa Meire de jesus, 34, precisou usar o transporte público e não conseguiu embarcar. "Isso é uma desordem, um desrespeito. Tinham que fazer [ a manifestação] lá perto do estádio e não onde as pessoas estão chegando do trabalho ou de viagem", disse.
RADIAL FECHADA
Segundo a Polícia Militar, a Radial Leste está parcialmente interditada por manifestantes no cruzamento com a avenida Aricanduva. Cerca de 30 manifestantes estão no local. O protesto é pacífico, informou a PM.
Mais cedo, um grupo de cem black blocs infiltrados em duas manifestações que ocorreram na capital forçaram o confronto com a Tropa de Choque. Os conflitos ocorreram justamente porque a PM tinha a ordem de evitar que manifestantes interditassem a principal via que leva até o estádio do Itaquerão.
Aos menos seis pessoas ficaram feridas, entre elas a correspondente do canal CNN, Shasta Darlington. Nos protestos da manhã desta quinta, três pessoas foram presas – duas por suposto dano ao patrimônio público e uma estaria com coquetel molotov.
Todos foram encaminhado para o 52º DP (Parque São Jorge).