Folha de S. Paulo


Segurança diz que advogado de Genoino ameaçou Barbosa

Em ofício enviado ao chefe da segurança do STF (Supremo Tribunal Federal), um dos agentes que participou da expulsão do advogado Luiz Fernando Pacheco, que representa José Genoino, da sessão plenária desta quarta-feira (11) afirma que o defensor ameaçou o presidente da corte, Joaquim Barbosa.

No depoimento, o segurança também diz que Pacheco estaria "visivelmente embriagado" quando participou do início da sessão.

"Como o advogado, visivelmente embriagado, alterou o tom de voz de maneira desrespeitosa, o presidente, suspendendo a sessão, ordenou sua imediata retirada do Plenário. Com a equipe de segurança já postada ao redor do advogado, solicitei que ele se contivesse e se retirasse. Como se negou, a equipe de segurança, usando o princípio de uso moderado da força, retirou o advogado que, mesmo assim, insistia em pronunciar palavras agressivas", diz trecho do relatório.

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O segurança diz ainda que um de seus colegas, que também participou da operação de retirada de Pacheco do plenário, disse que o advogado, já do lado de fora da corte, teria expressado a vontade de agredir Barbosa.

"Informo ainda que, segundo depoimento do agente segurança que participou da expulsão do advogado, já fora do Tribunal ele, visivelmente transtornado, teria dito que 'se tivesse uma arma, daria um tiro na cara do presidente'", diz outro trecho do relatório.

O nome do segurança que prestou depoimento não foi revelado pela secretaria de comunicação do STF.

Procurado pela Folha, Pacheco considerou risíveis as afirmações do segurança e disse que elas representam uma forma de tentar desqualificar sua atuação profissional, que foi apoiada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e por outros defensores que atuam no processo do mensalão.

O advogado ainda comentou que há muitos anos não bebe e que as acusações contra é que parecem uma "conversa de bêbado".


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