Folha de S. Paulo


Ministérios públicos estaduais irão investigar perfis na web contra Aécio

Os ministérios públicos estaduais de São Paulo e Rio de Janeiro determinaram nesta quarta-feira (11) a abertura de investigações sobre a utilização de órgãos públicos na divulgação de conteúdos ofensivos ao pré-candidato à presidência pelo PSDB, senador Aécio Neves (MG).

O procurador-geral de São Paulo determinou à Promotoria de Guarulhos que investigue a utilização de equipamentos e servidores da prefeitura para a criação de perfis falsos em redes sociais que vinculavam o senador a hábitos como o consumo abusivo de álcool.

Já o chefe do Ministério Público do Rio determinou a abertura de procedimento investigatório contra perfis que disseminavam, com a ajuda de robôs, comentários ligando o nome de Aécio a desvio de verbas.

Esses perfis utilizaram o mesmo expediente para vincular o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e o prefeito carioca, Eduardo Paes (PMDB), a milícias e ao consumo de drogas.

Ambos os casos foram revelados pela Folha, a partir de documentos anexados a processos que correm na Justiça paulista –um deles, sob sigilo.

"É extremamente importante o que houve, porque agora o Ministério Público assume a responsabilidade de investigar esssas quadrilhas virtuais", disse o deputado federal Carlos Sampaio, coordenador jurídico da pré-campanha de Aécio.

Um dos focos de disseminação dos boatos no Rio era a sede da Eletrobrás, órgão comandado pelo governo federal, conforme revelou a revista "Veja" em abril.

Na terça-feira (10), O TCE (Tribunal de Contas do Estado) paulista determinou que o contrato entre a Prefeitura de Guarulhos e a PG Comunicação, empresa responsável pelas peças de publicidade do município, é irregular. A prefeitura espera a publicação do acórdão para recorrer.


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