Folha de S. Paulo


Paulistano passa em teste e ajuda até turista 'rival'; veja vídeo

Quatrocentos dólares. Esse é o valor indicado por um paulistano a um turista estrangeiro que busca se "divertir" em São Paulo. O programa sugerido foi uma noitada no Café Photo, tradicional casa de entretenimento adulto.

"Você pega qualquer táxi, que ele te deixa lá. Mas só pode ir homem", explicou, em inglês, ao repórter da Folha que disse ter vindo da Croácia –primeiro adversário brasileiro– e buscava informações nesta terça sobre transporte e pontos turísticos da cidade.

A dois dias da Copa do Mundo, os paulistanos passaram no teste –ao menos, no de "boa vontade" para ajudar os estrangeiros.

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Para chegar ao Itaquerão, palco da abertura, a maior parte das pessoas abordadas acertou ao indicar o trajeto de metrô ou trem até a estação Corinthians-Itaquera.

Porém, na praça da República, policiais encontraram dificuldade em apontar o trajeto de metrô, em um mapa que faz parte de uma cartilha produzida pela própria PM.

"Se a gente não está entendendo, imagina o caboclo", disse um deles ao colega.

No guichê de informações para turistas, as recomendações incluíam não circular à noite no centro e ficar atento aos pertences durante o dia.

Para chegar ao estádio, a atendente recomendou descer na estação Artur Alvim do metrô, dependendo do setor indicado no ingresso.

Contudo, no mapa de São Paulo entregue por ela, a região da estação -e do Itaquerão -não aparece.

'EXCUSE ME AÍ'

A simpatia, muitas vezes, compensou a falta de informação. "Os brasileiros estão sempre de bom humor", disse um argentino, que também buscava de orientar.

Na avenida Paulista, um homem se ofereceu para conduzir o "repórter-turista" até a estação de metrô mais próxima. "Pega o meu número de celular para o caso de precisar de algo", disse.

Masp, Museu do Futebol e o parque Ibirapuera foram alguns dos destinos sugeridos por desconhecidos.

Para sair à noite, a maioria indicou a rua Augusta, região central, ou a Vila Madalena, ambas repletas de bares.

E mesmo quem não domina o inglês dava um jeito de orientar o turista. "Ali vai sair um 'bus' para o Itaquerão. Mas 'easy' é trem. Na Luz, 'light', 'station of light!'", arriscou um agente de trânsito no viaduto do Chá. "Excuse me aí", desculpou-se.


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