Um vídeo enviado à Folha mostra o momento em que usuários arrombam o portão de entrada da estação Corinthians-Itaquera, na zona leste de São Paulo. Sem metrô, o local estava fechado na manhã desta quinta-feira (5).
O incidente aconteceu por volta das 7h. Após invadir, diversas pessoas gritaram palavras de ordem contra a greve de metroviários que suspendeu o serviço de metrô nesta quinta-feira na capital.
Veja o vídeo do momento em quem os usuários invadem a estação.
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"Queremos trabalhar, queremos trabalhar", gritavam em coro os usuários. Algumas pessoas chegaram a invadir a linha por onde passam os trens da CPTM exigindo a parada das composições.
Dois trens, um lotado e outro vazio, pararam na estação para levar os usuários. A Polícia Militar foi acionada para evitar novos atos de vandalismo.
Veja as imagens do momento em que os usuários invadem a linha de trem.
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Na estação Corinthians-Itaquera Sidney Santana, 28, era um dos mais exaltados no momento da invasão. Quando Parou um trem vazio, ele resolveu voltar para casa. "Como que eu vou voltar depois no final do dia? Chegar meia noite em casa? Eu não", disse.
Apesar da confusão na zona leste pouca coisa foi quebrada. Além dos dois portões, uma lâmpada e alguns extintores foram tirados do lugar
GREVE
A uma semana da Copa, a cidade de São Paulo amanheceu nesta quinta-feira (5) parcialmente sem o transporte público do metrô, devido a greve por tempo indeterminado dos metroviários.
Apenas a linha 5-lilás, na zona sul da capital, e 4-amarela, que é operada por uma concessionária, funcionam normalmente na cidade.
Na linha 1-azul os trens circulam entre a estação Ana Rosa e a Luz. Na 2-verde, o metrô opera entre Ana Rosa e Vila Madalena. Pela linha 3-vermelha, as composições circulam entre Bresser-Mooca e Marechal Deodoro
Às 9h30, a cidade atingiu o pico de congestionamento do ano. No total havia 209 km de lentidão nas ruas e avenidas monitoradas pela CET. O rodízio municipal de veículos está suspenso hoje.
Com a greve, o sindicato que representa a categoria corre risco de pagar R$ 100 mil à Justiça, a qual determinou que 70% dos trens do metrô estejam em circulação nos horários normais e 100% nos horários de pico – 6h às 9h e das 16h às 19h.
Os metroviários rejeitaram proposta de reajuste salarial de 8,7% oferecida pelo Metrô de São Paulo (empresa estatal) e pedem 16,5 %, mas aceitam reduzir para 10%. O piso salarial dos metroviários é de R$ 1.323,55. A data-base é de 1º de maio.
A possibilidade de greve já vinha sendo anunciada desde meados de maio deste ano. Reunião de conciliação está marcada para as 15h desta quinta-feira.
Por causa da greve, a SPTrans (empresa municipal que gerencia o transporte) e a CPTM (estatal responsável pelos trens metropolitanos) anunciaram planos de emergência.