Folha de S. Paulo


Justiça de PE decreta ilegalidade de greve de PM

O presidente do TJ (Tribunal de Justiça) de Pernambuco, desembargador Frederico Neves, declarou, no fim da noite de quarta-feira (14), a ilegalidade da greve de policiais e bombeiros militares.

De acordo com o tribunal, o desembargador estabeleceu multa diária de R$ 100 mil para associações e movimentos independentes de PMs e bombeiros que não voltarem ao trabalho. O governo do Estado e as associações ainda não foram notificados da decisão.

O governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB-PE), pediu ao TJ-PE que declarasse a greve ilegal no início da noite de quarta. O pedido também foi feito ao STF (Supremo Tribunal Federal). Lyra conversou por telefone com a presidente Dilma e com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que deve chegar ao Recife no final da manhã desta quinta-feira (15).

Homens da Força Nacional de Segurança Pública chegaram a Pernambuco nesta madrugada. Tropas do Exército são esperadas no Estado ainda nesta quinta.

Policiais e bombeiros militares estão parados desde a noite de terça-feira (13). O governo disse ter se comprometido na quarta-feira a atender três dos quatro principais pontos da pauta de reivindicação, mas os policiais não ficaram satisfeitos e decidiram manter a paralisação. Cabos e soldados fazem assembleia às 10h. Oficiais, às 14h.

Arrastões foram registrados no centro do Recife na noite de terça-feira. Em Abreu e Lima, na região metropolitana da capital, houve saques a lojas e caminhões. Algumas pessoas também foram assaltadas.

O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) registrou sete homicídios na Grande Recife desde a noite de quarta –mantendo a média de dias anteriores.

Editoria de Arte/Folhapress

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