A família do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) reagiu nesta segunda-feira (5) e negou que o petista tenha privilégios no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena pela condenação no mensalão.
Em um artigo publicado no blog de Dirceu, Joana Saragoça, filha do petista, afirmou que não há regalias e que ele "tem seus direitos perseguidos pela própria Justiça".
A partir de um pedido de Joana e de seu irmão, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), a Comissão de Direitos Humanos da Câmara fez uma visita ao presídio na semana passada para avaliar as condições do ministro.
Condenado a 7 anos e 11 meses de prisão, Dirceu tem direito a regime semiaberto, mas ainda aguarda resposta do STF (Supremo Tribunal Federal). Após a visita, deputados divergiram sobre as condições do ex-ministros. Para os oposicionistas, ele tem regalias como como TV, micro-ondas e água quente no chuveiro.
Para a filha de Dirceu, a oposição mente. "Enfim, não há regalias ou privilégios. Não existe motivo para não conceder o trabalho externo ao meu pai", disse.
Segundo Joana, a cela de Dirceu "tem uma goteira logo na entrada e não é bem iluminada", além de a " televisão ser pequena (de 19 polegadas), sem entrada USB ou DVD".
"A sua comida é a mesma de todos. Ele come as quentinhas de almoço e jantar e algumas outras coisas como bolachas, pão de queijo e goiabada que estão disponíveis na cantina –tanto para meu pai como para qualquer outro detento. Alguns internos têm microondas para requentar as refeições, mas meu pai não tem e nunca pediu para que levássemos um", completou.
A Secretaria de Segurança do DF disse que a cela de Dirceu é padrão, que todo preso com bom comportamento tem TV e que não há aquecimento de água na Papuda.