Folha de S. Paulo


Sobre morte de coronel, delegado diz que não descarta nenhuma hipótese

O delegado Fabio Salvadoretti, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense disse nesta sexta-feira (25) não descartar nenhuma hipótese na investigação da morte do coronel da reserva Paulo Malhães.

"Consideramos até latrocínio, uma vez que foram levados vários pertences da vítima. Também pode ser vingança pelo depoimento prestado na comissão da Verdade. A investigação está apenas começando" afirmou o delegado.

Segundo apurou, até o momento, três homens entraram na casa do coronel pela janela e aguardaram a chegada do militar. Apenas um deles estava encapuzado. Após nove horas no interior da casa levaram dois computadores, joias, três armas e R$ 700.

Não há informações sobre o que havia nos computadores.

Em depoimento, a mulher de Malhães disse que voltou para casa com o coronel por volta das 13h. Ao entrarem na residência encontraram os três homens em seu interior.

O caseiro estava do lado de fora da residência e até aquela hora não havia percebido a presença dos invasores. Ao ouvir latidos do cachorro, o caseiro se aproximou da casa e acabou rendido. O seu nome não foi revelado pela polícia.

Com os três rendidos cada um foi levado para diferentes pontos da casa. O coronel Malhães ficou no quarto. A sua mulher estava sob a guarda só único encapuzado. O caseiro ficou do lado de fora da casa, na varanda.

De acordo com a mulher do coronel, em depoimento, a todo momento os criminosos perguntavam por joias e pelas armas do militar.

O delegado conta que até as 22h, os homens permaneceram na casa. Ele acredita que por volta das 15h, o coronel tenha sido morto. O seu corpo foi encontrado na manhã desta sexta-feira deitado no chão, com o rosto em um travesseiro, descalço, trajando calça jeans e camisa social.

"Ainda não foi encontrada nenhuma marca de projétil. Não existe também outra marca de lesão. Inicialmente, ele foi vítima de sufocamento", explicou o delegado Salvadoretti.

Nos depoimentos da mulher do coronel como do caseiro ambos dizem não saber o momento em que ele teria sido morto.

Por volta das 22h, os criminosos deixaram a casa deixando a mulher de Malhães e o caseiro amarrados em diferentes cômodos.


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