Construtoras foram alvo de operação de busca e apreensão nesta quinta-feira (3) na Paraíba. A suspeita é que elas formavam um esquema para fraudar licitações públicas no Estado.
No total, 15 empresas de dez municípios paraibanos foram alvo da operação, batizada de Papel Timbrado. Houve busca também na casa de sócios das construtoras e em escritórios de contabilidade. No total, 63 mandados de busca foram cumpridos.
Há indícios de formação de cartel e lavagem de dinheiro, entre outros crimes.
Um funcionário da prefeitura de Alagoa Grande foi preso ao ser flagrado juntando documentos para montar uma licitação, segundo informações do Ministério Público da Paraíba, que realizou a operação.
As 15 empresas investigadas ganharam 306 licitações em 83 municípios entre 2011 e 2013, de acordo com o MP. Os contratos somam R$ 60 milhões.
O esquema começou a ser investigado há dois anos a partir de informações coletadas em duas operações –"Pão e Circo" e "Gabarito".
A suspeita é que o esquema utilizava 53 construtoras e atuava também nos estados de Pernambuco e Bahia. Muitas das empresas, segundo o MP, seriam apenas de "fachada".
A operação foi feita em conjunto com Ministério Público Federal, Polícia Civil e Militar, Tribunal de Contas da União e outros órgãos estaduais e federais.
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que investiga a prática de cartel no âmbito administrativo, participou da operação de forma colaborativa em João Pessoa.