Em pronunciamento pelo Dia Internacional da Mulher, a presidente Dilma Rousseff aproveitou para fazer propaganda de programas de seu governo nos quais as mulheres são, segundo ela, as maiores beneficiárias.
Depois de listar sete ações de sua administração, indicando que todas privilegiam o papel da mulher, a presidente Dilma encerrou sua fala dizendo que é "preciso fazer muito mais" por elas.
Este deve ser um dos motes da campanha petista pela reeleição da presidente, buscando ressaltar que o governo Dilma fez muito e fará ainda mais, em reação à estratégia da oposição, tanto do PSDB como PSB, de que é preciso fazer mais e melhor.
Em seu pronunciamento, veiculado neste sábado (8) em cadeia de rádio e TV, Dilma afirmou que as mulheres "são a maior força emergente do mundo" e "a nova força que move o Brasil", acrescentando que o Brasil está "contribuindo, de forma decisiva, para que essa força se amplie".
| Reprodução/Youtube/PalaciodoPlanalto | ||
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| Dilma fez pronunciamento pelo Dia Internacional da Mulher |
Em seguida, passou a listar dados de sua administração nas quais as mulheres seriam o destaque. "Nos últimos 11 anos [período dos governo Lula e dela], das 36 milhões de pessoas que saíram da extrema pobreza, mais da metade são mulheres", disse a petista.
Na área do emprego, citada por sua equipe como um dos trunfos da campanha pela reeleição, a presidente disse que mais da metade dos 4,5 milhões de empregos criados em sua gestão, com carteira assinada, foram conquistadas pelas mulheres.
Ao buscar enaltecer o papel da mulher, Dilma afirmou que um "novo mundo de oportunidades" se abre quando "a força da mulher encontra apoio nas políticas do governo". Depois, passou a enumerar ações de sua administração.
Primeiro, a presidente falou do programa Crescer, de financiamento de pequenos empreendedores. "De 2011 para cá, mais de 60% de todas as operações foram feitas por mulheres". Depois, citou o Pronatec, programa de formação profissional, "o maior da história do Brasil", segundo a petista. "Seis em cada dez alunos são mulheres de todas as faixas de idades."
A presidente destacou ainda que mais da metade das bolsas do Prouni e dos financiamentos do FIES – voltados para estudantes universitários– tem sido concedida a mulheres.
Em seu pronunciamento, no qual afirmou que o Brasil busca dar apoio "às mulheres socialmente vulneráveis", a presidente citou que "93% dos cartões do Bolsa Família têm a mulher como titular" e "das 1,6 milhão de casas já entregues pelo Minha Casa, Minha Vida, 52% estão em nome de mulheres'. Disse que o mesmo padrão é visto no acesso à terra. "72% das propriedades da reforma agrária são de mulheres".
Na parte final de seu pronunciamento, Dilma disse que, "como a primeira mulher a ocupar a Presidência do país", viu "com imensa alegria vários programas criados nos últimos anos". Passou a defender, logo depois, que "é preciso garantir salário igual para trabalho igual feito por mulheres e homens" e "combater sem tréguas a violência" contra o sexo feminino.
Na despedida, ao dizer que falava com a "legitimidade" de quem "ampliou as oportunidades para a mulheres", Dilma afirmou saber "que é preciso fazer muito mais". Para a presidente, este é o século das mulheres, das oportunidades e do Brasil.